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Comandante da PM terá invalidez revista
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar de a aposentadoria por
invalidez do comandante-geral
da PM (Polícia Militar) do Rio,
coronel Francisco Braz, ter sido
publicada ontem no "Diário Oficial" do Estado, a governadora
Benedita da Silva (PT) disse que
vai rever a questão.
A decisão da governadora é causada pelas suspeitas de que os
exames que constataram surdez
no comandante seriam falsos. O
diagnóstico serviria para que Braz
ficasse isento do Imposto de Renda e tivesse um aumento de 20%,
direitos adquiridos por quem tira
aposentadoria por invalidez na
PM. Outros seis oficiais foram beneficiados pela mesma razão.
Divulgado no último dia 17, o
resultado do exame foi considerado suspeito depois que o próprio
comandante Braz admitiu, em
entrevistas, que não é surdo.
Ao ser questionado sobre o caso, Braz disse ser favorável às investigações. "O importante não é
acusar nem inocentar, mas trazer
a verdade à tona. É preciso ter
transparência, que é a marca de
nossa administração", afirmou.
O chefe da Polícia Civil, delegado Zaqueu Teixeira, disse que pedirá ao IML (Instituto Médico Legal) que faça novos exames nos
oficiais para confirmar se houve
fraude. Teixeira anunciou que a
Delegacia Fazendária analisará a
documentação de todos os funcionários estaduais que se aposentaram por invalidez nos últimos cinco anos, para tentar descobrir eventuais irregularidades.
O corregedor de Polícia Unificada, Aldney Peixoto, determinou a
abertura de sindicância para apurar possíveis fraudes.
Embora admita não ser surdo,
Braz disse que tem deficiências
auditivas. Segundo ele, o problema começou depois que trabalhou como instrutor de tiros na
PM e se agravou em julho, na chegada dos jogadores da seleção
brasileira ao Rio. Braz afirmou
que ficou exposto ao som dos
trios elétricos que transportaram
os atletas.
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