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Empresa desiste de terreno e escola na Vila Nova Conceição fica no local
Permanência do colégio estava ameaçada desde 2004 e mobilizou pais e alunos
CONSTANÇA TATSCH
DA REPORTAGEM LOCAL
Pais, alunos e professores da
Escola Estadual Martim Francisco, na Vila Nova Conceição,
zona sul de São Paulo, podem
comemorar o final de ano com
a certeza de que a escola estará
funcionando em 2007. A empresa que estava interessada no
terreno saiu do negócio.
Desde os últimos dias de
2004, o destino da escola estava
incerto. Instalada em terreno
municipal, corria o risco de ser
desativada após sanção de um
projeto de lei pela ex-prefeita
Marta Suplicy (PT), que promovia a troca da área por terreno na região da rodovia Raposo
Tavares (zona oeste).
A decisão, na época, gerou
uma série de protestos. Apesar
das reclamações, vereadores
aprovaram a transação. Então,
estudantes se mobilizaram para que o colégio não fosse demolido, dando lugar a um novo
empreendimento imobiliário.
Acionaram advogados e sensibilizaram entidades educacionais, mídia e associações. A
questão foi para a Justiça.
Na quinta-feira passada, segundo a Folha apurou, a empresa interessada desistiu do
terreno, após acordo com a
prefeitura, que movia ação
contra o negócio. Com isso, cada parte devolve para a outra o
terreno permutado.
A juíza responsável pediu
que o Ministério Público se
manifeste sobre o novo acordo.
Só depois ele será homologado,
o que deve ocorrer no começo
de janeiro. A prefeitura não se
pronunciou oficialmente porque o assunto está sub júdice.
Apesar da questão judicial,
esse ano letivo transcorreu
normalmente, com 1.196 estudantes. Para 2007, já foram feitas 884 matrículas. A escola
funciona ali há mais de 65 anos.
A decisão não afeta uma outra ação que corre na Justiça: o
Ministério Público acusa a gestão anterior de improbidade
administrativa, uma vez que o
terreno na Vila Nova Conceição teria valor muito superior
ao localizado na Raposo Tavares, tornando a negociação desproporcional.
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