São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

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ANS nega "descolamento" e operadoras contestam dados

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao analisar o trabalho do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a ANS destacou que a variação de seu teto de reajuste entre maio de 2001 e abril de 2005, de 42,95%, ficou no patamar da inflação geral apurada pelo IBGE, de 43,4%. Destacou ainda que o valor da ANS está próximo da inflação dos planos detectada pela Fipe e IBGE. "Não está com um descolamento muito grande", afirma Cristiana Vidigal Lopes, gerente da Gerência Geral Econômico e Financeira dos Produtos da ANS.
A agência apontou ainda que os aumentos dos custos das empresas de planos têm sido crescentes em razão, por exemplo, de incorporação tecnológica, além do crescimento do uso dos serviços de saúde, o que nem sempre é detectado na apuração de custos do setor de saúde por órgãos oficiais.
A diretora, no entanto, destacou que os aumentos preocupam porque poderão restringir cada vez mais o acesso ao setor de saúde suplementar na situação econômica atual. "O modelo atual de planos de saúde não é viável a longo prazo se continuarmos com essa situação da renda", disse a gerente.
Ela afirma que a ANS tem buscado induzir a redução de custos ao exigir procedimentos de prevenção e promoção de saúde das empresas do setor.
A Abramge, entidade que reúne operadoras de planos de saúde, detentoras da maior fatia do mercado nacional de saúde suplementar, contestou os dados do Ipea. "Os dados não estão bem apurados. Os custos do setor são crescentes", afirmou Arlindo Almeida, presidente da entidade.


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