São Paulo, domingo, 27 de dezembro de 2009

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LUCIANA GEYER KOPELMAN THALENBERG (1965-2009)

A psicanalista e sua rede de amigos

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

No calendário de Luciana Geyer Kopelman Thalenberg, havia dois eventos maiores, aos quais ela adorava se dedicar: eram os aniversários de suas duas filhas, Clara, de oito anos de idade, e Lia, de seis.
O marido -o médico José Marcos Thalenberg- captava em vídeo os preparativos das festas, registrando Luciana e as filhas sentadas montando enfeites, fazendo comidas ou arrumando outros detalhes.
Tudo o que ela fazia, conta ele, envolvia muita gente, pois ela costumava chamar todo mundo para participar.
Aconteceu a mesma coisa quando ela descobriu um câncer de mama no mês de agosto de 2006. Em torno de si, Luciana mobilizou uma verdadeira rede, juntando amigos, parentes, médicos e enfermeiros.
Formada em psicologia pela PUC no fim da década de 1980, ela tinha um consultório e também integrava um grupo de estudos de transtornos alimentares do Instituto Sedes Sapientiae.
Não achou que sua vida se limitaria à doença e escreveu textos em que relata sua experiência. Um deles, intitulado "A rede de apoio no tratamento oncológico", deve ser publicado em breve, conforme afirma o marido.
As filhas Clara e Lia acompanharam todo o tratamento da mãe. A partir das dúvidas que elas tinham, foram sendo preparadas para entender a situação.
Luciana morreu em uma sexta-feira, 27 de novembro, Dia de Luta Contra o Câncer de Mama, em decorrência da doença. Tinha 44 anos. A cerimônia de descerramento da lápide será hoje, às 11h, no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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