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LUCIANA GEYER KOPELMAN THALENBERG (1965-2009)
A psicanalista e sua rede de amigos
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
No calendário de Luciana
Geyer Kopelman Thalenberg, havia dois eventos
maiores, aos quais ela adorava se dedicar: eram os aniversários de suas duas filhas,
Clara, de oito anos de idade, e
Lia, de seis.
O marido -o médico José
Marcos Thalenberg- captava em vídeo os preparativos
das festas, registrando Luciana e as filhas sentadas
montando enfeites, fazendo
comidas ou arrumando outros detalhes.
Tudo o que ela fazia, conta
ele, envolvia muita gente,
pois ela costumava chamar
todo mundo para participar.
Aconteceu a mesma coisa
quando ela descobriu um
câncer de mama no mês de
agosto de 2006. Em torno de
si, Luciana mobilizou uma
verdadeira rede, juntando
amigos, parentes, médicos e
enfermeiros.
Formada em psicologia
pela PUC no fim da década
de 1980, ela tinha um consultório e também integrava um
grupo de estudos de transtornos alimentares do Instituto Sedes Sapientiae.
Não achou que sua vida se
limitaria à doença e escreveu
textos em que relata sua experiência. Um deles, intitulado "A rede de apoio no tratamento oncológico", deve ser
publicado em breve, conforme afirma o marido.
As filhas Clara e Lia acompanharam todo o tratamento
da mãe. A partir das dúvidas
que elas tinham, foram sendo preparadas para entender
a situação.
Luciana morreu em uma
sexta-feira, 27 de novembro,
Dia de Luta Contra o Câncer
de Mama, em decorrência da
doença. Tinha 44 anos. A cerimônia de descerramento
da lápide será hoje, às 11h, no
Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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