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Rompimento entre grupos detonou crise
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CORONEL SAPUCAIA
A guerra pelo comando do tráfico de maconha em Capitán Bado
começou com o rompimento de
integrantes da família Morel -os
maiores distribuidores da droga
na região- com o grupo de Fernandinho Beira-Mar, um dos
principais narcotraficantes do
Rio, foragido desde 1997.
O estopim da crise teria sido a
prisão de Jayme Amato Filho, o
braço direito de Beira-Mar, no dia
30 de dezembro do ano passado.
A operação para prender Amato Filho envolveu policiais brasileiros e paraguaios, segundo o
subcomandante da Polícia Nacional paraguaia em Capitán Bado,
Wilfrido Meza.
Os policiais invadiram uma fazenda da região, onde acontecia
uma festa. "Umas 40 pessoas estavam reunidas lá, encheria um ônibus, eram todos brasileiros. No
meio deles estava Amato Filho.
Foi um duro golpe no comando
do tráfico da região", disse Meza.
Com a prisão de seu braço direito, Beira-Mar teria se sentido traído pela segunda vez. Em maio do
ano passado, Marcelinho Niterói,
outro parceiro do traficante foragido, também foi preso na mesma
cidade paraguaia.
Para Beira-Mar, a polícia estaria
contando com informações dos
irmãos Ramão e Mauro Morel, filhos de João Morel -chefe do clã
dos Morel, para prender integrantes do seu grupo. Até então, segundo a polícia paraguaia, João e
Beira-Mar eram parceiros.
A família Morel foi apontada
pela CPI do Narcotráfico como a
maior distribuidora de maconha
na fronteira com de Mato Grosso
do Sul com o Paraguai. Beira-Mar, que controlava o crime organizado na favela Beira-Mar, em
Duque de Caxias (RJ), foi preso
em 1996 e fugiu no ano seguinte.
Há 15 dias teria começado a vingança de Beira-Mar. Os filhos de
João, Ramão e Mauro, e um segurança da família, foram mortos
com tiros de metralhadora em
Capitán Bado. Uma semana depois, o próprio João foi assassinado no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.
Na época, o acusado de assassinar João afirmou que uma divergência por causa de uma camisa
teria sido o motivo do crime, versão que a polícia não aceita.
(CBJr)
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