São Paulo, sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

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OUTRO LADO

Cobrança foi ampliada, diz ANS; planos não falam

DE SÃO PAULO

A ANS reconhece que cobrou menos dos planos de saúde, mas diz que a falha ocorreu porque ficou um período sem receber dados dos atendimentos no SUS.
No início de 2006, diz a ANS, em nota, o Ministério da Saúde promoveu a descentralização do processamento das AIHs (Autorizações de Internação Hospitalar), que passou a ser feita pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. Com isso, a agência alega que não tinha dados de internações para fazer as cobranças.
Apenas em 2010, segundo a ANS, foi possível obter a base de dados de AIHs com "informações consistentes" e, com isso, aumentar a proporção entre o valor cobrado pela agência e pago pelos planos (em 2010, foram cobrados R$ 3,27 milhões e pagos R$ 1,16 milhão).
"A ANS tem focado seus esforços na regularização e na eliminação do passivo do ressarcimento ao SUS e se esforçado para melhorar sua performance", diz a nota.
Pela lei, o ressarcimento dos planos ao SUS só deve ocorrer se os atendimentos feitos tiverem previsão de cobertura no contrato entre a operadora e o beneficiário.
Em relação ao aumento de gastos com pessoal -em cinco anos, houve crescimento de 234%-, a ANS afirma que até junho de 2005 não existiam servidores de cargo efetivo na agência e que, a partir daquela data, começaram os concursos públicos.
Procurada, a Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) alegou que, como a questão do reembolso não foi julgada, não comentaria o assunto.


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