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Ano letivo começa atrasado em São Paulo para 32 mil alunos
ALESSANDRO SILVA
da Reportagem Local
As aulas vão começar atrasadas
em no mínimo um mês para 32 mil
alunos do ensino fundamental (1ª
a 8ª séries) em São Paulo em relação ao calendário oficial.
O ano letivo está previsto para
começar daqui a 11 dias -8 de fevereiro. Este ano, cerca de 670 mil
crianças e adolescentes devem estudar em escolas do município.
A prefeitura recebeu matrículas
acima de sua capacidade, contando com a criação de 276 salas consideradas emergenciais.
Nenhuma delas ficou pronta ainda. Em funcionamento, cada uma
receberá em média 39 alunos, em
três turnos diários.
Elas serão construídas em escolas e em terrenos do município.
"Pode ser que haja atraso de uma
ou duas semanas no início das aulas para esses alunos", afirma o secretário municipal da Educação,
João Gualberto Meneses.
A assessoria de imprensa da secretaria informou que 128 salas
emergenciais só estarão prontas
no fim de fevereiro. Outras 150 só
funcionarão em março.
Segundo a secretaria, os dias de
aulas perdidos serão descontados
do período de férias.
O número de estudantes afetados pela falta de salas pode ser
maior, de acordo com o próprio
secretário, porque o déficit total de
vagas será fechado sexta-feira.
A criação de salas emergenciais
depende do término do período de
matrícula. Depois, a empreiteira
leva no mínimo 30 dias para completar a obra.
A secretaria, após um estudo,
destinou R$ 14 milhões para construir 480 salas emergenciais em
São Paulo. Por enquanto, 300 foram definidas como necessárias.
Ontem, um grupo de 50 pais que
moram em Cidade Dutra, zona sul,
ocupou a recepção do prédio da
secretaria, perto da avenida Paulista, durante uma hora, em protesto
contra a falta de vagas.
Eles querem que a prefeitura
transforme em escola um prédio
abandonado no bairro, que pertence à Secretaria de Estado da
Saúde. No local, deveria funcionar
um posto de saúde.
"Há pelos menos 700 crianças
sem vagas nessa região e que seriam beneficiadas", diz Marlene
Ferreira de Souza, 38, uma das organizadoras da manifestação.
Os manifestantes saíram depois
de receberem do secretário a promessa de que haverá uma decisão
sobre a nova escola na segunda.
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