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Mortes no trânsito registram os piores números desde 1997
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O número de mortes por acidente de transporte no país em
2004 retornou ao patamar de
35 mil ao ano, igual ao nível de
1997, quando ainda não vigorava o novo Código Brasileiro de
Trânsito. O conjunto de regras
é apontado como o responsável
pela queda de quase 20% desse
tipo de óbito entre 1998 e 2000.
Desde então esse tipo de morte
aumenta em média 4,8% ao
ano.
São Paulo é a cidade com a
maior número de mortes, uma
média anual de 1.267 óbitos por
acidente de transporte entre
2002 e 2004. Em seguida ficaram Rio de Janeiro, com média
de 1.093, e Brasília, 624.
Entre 1994 e 2004, também
houve uma mudança nos locais
onde essas mortes ocorrem.
Agora os dois Estados com a
maior taxa de óbitos por acidentes de transporte são Tocantins e Mato Grosso, que
ocupavam o 24º e 20º lugares,
respectivamente, no ranking
nacional em 1994. O Distrito
Federal, que antes tinha a
maior taxa do país, agora está
em 8º.
Além disso, não há uma concentração em determinados
municípios, conforme a tendência dos homicídios. Os 10%
das cidades com as maiores taxas de mortes por acidentes de
transporte reúnem apenas
20% do total de mortes. Isso
porque esse tipo de mortalidade é "espalhado" e depende de
mais fatores circunstanciais,
como a conservação de estradas, e estruturais, como fiscalização nas estradas e ruas.
No geral, o Brasil tem a 16ª
posição de taxa de mortalidade
em acidente de transporte entre os 84 países pesquisados.
Assim como nos homicídios, a
maioria das vítimas é formada
por homens, 81,5% do total.
Nos finais de semana, o problema aumenta, os casos sobem
em 72,4% para a população em
geral e 1321% entre os jovens.
Se for considerada a taxa de
óbitos em acidentes para cada
100 mil habitantes, Barra do
Turvo (SP), Rifaina (SP) e Crixás do Tocantins (TO) lideram
a lista dos municípios mais perigosos no trânsito.
No Estado de SP
No norte do Estado de SP, especificamente na área próxima
a Ribeirão Preto, onze cidades
da região aparecem entre as
10% do país com maior número
de mortes no trânsito.
Ribeirão está em 35º lugar
com média anual de 118,3 mortes em acidentes. Em seguida
vêm Franca, em 60º lugar, e
Araraquara, 90º. Entre as medidas para reduzir as mortes, a
prefeitura instalou dois radares
móveis, em novembro de 2006.
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