São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

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Mortes no trânsito registram os piores números desde 1997

LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O número de mortes por acidente de transporte no país em 2004 retornou ao patamar de 35 mil ao ano, igual ao nível de 1997, quando ainda não vigorava o novo Código Brasileiro de Trânsito. O conjunto de regras é apontado como o responsável pela queda de quase 20% desse tipo de óbito entre 1998 e 2000. Desde então esse tipo de morte aumenta em média 4,8% ao ano.
São Paulo é a cidade com a maior número de mortes, uma média anual de 1.267 óbitos por acidente de transporte entre 2002 e 2004. Em seguida ficaram Rio de Janeiro, com média de 1.093, e Brasília, 624.
Entre 1994 e 2004, também houve uma mudança nos locais onde essas mortes ocorrem. Agora os dois Estados com a maior taxa de óbitos por acidentes de transporte são Tocantins e Mato Grosso, que ocupavam o 24º e 20º lugares, respectivamente, no ranking nacional em 1994. O Distrito Federal, que antes tinha a maior taxa do país, agora está em 8º.
Além disso, não há uma concentração em determinados municípios, conforme a tendência dos homicídios. Os 10% das cidades com as maiores taxas de mortes por acidentes de transporte reúnem apenas 20% do total de mortes. Isso porque esse tipo de mortalidade é "espalhado" e depende de mais fatores circunstanciais, como a conservação de estradas, e estruturais, como fiscalização nas estradas e ruas.
No geral, o Brasil tem a 16ª posição de taxa de mortalidade em acidente de transporte entre os 84 países pesquisados. Assim como nos homicídios, a maioria das vítimas é formada por homens, 81,5% do total. Nos finais de semana, o problema aumenta, os casos sobem em 72,4% para a população em geral e 1321% entre os jovens.
Se for considerada a taxa de óbitos em acidentes para cada 100 mil habitantes, Barra do Turvo (SP), Rifaina (SP) e Crixás do Tocantins (TO) lideram a lista dos municípios mais perigosos no trânsito.

No Estado de SP
No norte do Estado de SP, especificamente na área próxima a Ribeirão Preto, onze cidades da região aparecem entre as 10% do país com maior número de mortes no trânsito.
Ribeirão está em 35º lugar com média anual de 118,3 mortes em acidentes. Em seguida vêm Franca, em 60º lugar, e Araraquara, 90º. Entre as medidas para reduzir as mortes, a prefeitura instalou dois radares móveis, em novembro de 2006.


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