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Para prefeituras do Vale do Ribeira, medida causará prejuízos ao turismo
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Autoridades municipais e comerciantes da área do Petar, no
Vale do Ribeira, criticaram a
decisão do Ibama de proibir a
visitação em cavernas da região. O prefeito de Iporanga,
Ariovaldo Pereira (DEM), classificou a medida de "autoritária" e apontou possíveis prejuízos ao setor de turismo.
"O fechamento autoritário
do Petar atingiria em cheio esses profissionais [do turismo] e
significaria o encerramento das
atividades turísticas, resultando em um lamentável desemprego generalizado", disse em
ofício encaminhado à Fundação Florestal de São Paulo.
O turismo é a principal atividade econômica de Iporanga.
Há, segundo a prefeitura, 32
pousadas na cidade, com cerca
de 2.500 leitos. Marizete Rocha, dona de pousada no município, disse esperar que as cavernas sejam reabertas à visitação, caso contrário, muitas pessoas terão prejuízo. Ela afirmou ainda que, por ora, não
pensa em fechar o empreendimento, de nove apartamentos e
capacidade para 20 pessoas.
O diretor do Departamento
de Meio Ambiente da Prefeitura de Eldorado, Rodrigo Aguiar,
disse que o fechamento das cavernas poderá trazer problemas ambientais ao município,
com a volta de pessoas para a
extração ilegal de palmito.
"O turismo é a segunda atividade econômica mais importante de Eldorado, só perde para a agropecuária. Muitos monitores que trabalham com turismo atualmente deixaram a
extração ilegal de palmito. Fechando as cavernas, acabam as
alternativas de trabalho. O impacto social é grande", disse.
Segundo Aguiar, cerca de 250
moradores de Eldorado trabalham diretamente com atividades de turismo pelas cavernas.
Há duas pousadas e dois hotéis
na cidade. Para o diretor, os
empreendimentos podem fechar caso as cavernas não sejam reabertas. "Todo mundo
que vem visitar o Vale do Ribeira por turismo vem por causa
das cavernas", afirmou.
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