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OUTRO LADO
Paiva Netto nega irregularidades, mas admite que LBV tem dívidas
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor-presidente da LBV,
José de Paiva Netto, negou ontem
irregularidades na entidade, segundo texto encaminhado à Folha por fax.
No texto, Paiva Netto responde
a perguntas enviadas pela reportagem para a assessoria de imprensa da LBV e repassadas à Folha pelo porta-voz Paulo Alziro
Schnor.
Sobre o endividamento da entidade, o diretor-presidente afirma
que a LBV foi vítima de "pesada
carga tributária". "A razão de tais
débitos é muito clara. Diante da
pesada carga tributária e previdenciária no Brasil, a LBV se viu
diante de um dilema: ou pagava
os impostos ou fazia filantropia."
"O que estão chamando de irregularidade já foi resolvido e consolidado com a nossa adesão ao
Refis (Programa de Recuperação
Fiscal) e ao pagamento pontual
que estamos fazendo", respondeu
sobre a suposta apropriação indébita de cerca de R$ 2 milhões detectada pelo INSS.
Segundo o diretor de arrecadação do INSS, Valdir Simão, os cerca de R$ 2 milhões se referem a
débitos não incluídos no Refis.
"Não tenho nenhuma outra
fonte de renda que não seja a remuneração mensal que me é paga
por conta dos direitos autorais de
livros e de CDs pela Editora Elevação e pela Igreja Religião de Deus,
da qual sou o presidente-pregador. De que eu viveria?", diz Paiva
Netto sobre o salário de cerca de
R$ 13 mil que recebe.
O diretor-presidente contesta
informação veiculada pelos jornais de que a entidade vem conseguindo renovar seu certificado de
entidade filantrópica no Conselho Nacional de Assistência Social
por meio de liminares na Justiça.
"Isso nunca aconteceu", diz Paiva Netto. "Sinceramente, a magnitude de nosso trabalho é tal que
esse certificado é apenas o cumprimento de um preceito legal."
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