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PLANTÃO MÉDICO
Circuncisão reduz risco de Aids
JULIO ABRAMCZYK
A circuncisão reduz o risco de
contaminação pelo HIV. A conclusão é de pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, e do Instituto Nacional de Pesquisas sobre Aids da
Índia, que examinou 2.298 homens soro-negativos, atendidos
entre 1993 e 2000 em três clínicas
de doenças sexualmente transmissíveis na cidade de Puna, na
Índia.
Homens circuncidados têm cerca de seis vezes menos chance de
contrair o vírus da Aids que aqueles que não passaram pela operação de corte do prepúcio.
Os pesquisadores observaram,
entretanto, que os homens circuncidados permanecem sob risco de contrair outras doenças sexualmente transmissíveis, como
herpes, sífilis e gonorréia.
O resultado da pesquisa foi publicado na última edição da revista médica "The Lancet". Para os
autores, a redução do risco para
os circuncidados está mais ligado
a um fator biológico (ausência do
prepúcio) do que ao comportamento do homem.
Os dados epidemiológicos observados pelo pesquisador Steven
J. Reynolds e por seus colaboradores dão suporte à hipótese de
que a circuncisão masculina protege contra a Aids em razão da remoção do prepúcio -pele que
cobre a glande do pênis-, onde
há uma fina camada da mucosa
em sua porção interna, o que facilita o acesso para o vírus HIV,
além da presença freqüente de úlceras na região.
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