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PAISAGEM URBANA
Alto índice de chuva e calor do verão anteciparam nascimento e queda das flores da árvore
Clima antecipa a florada das paineiras
EMILIANO CAPOZOLI B.
REPÓRTER-FOTOGRÁFICO
Elas estão por toda a parte, à
beira da suja marginal do rio
Tietê ou nas praças do Alto de
Pinheiros. Para vê-las, basta
andar um pouco por São Paulo
e reparar nas árvores mais coloridas. Com suas flores rosas e
brancas, as paineiras, conhecidas também como "barriguda"
por acumular água, aproveitam seus últimos dias de destaque na capital paulista: é uma
das últimas árvores a perder as
flores na Quaresma.
Com o outono, São Paulo vive um período de poucas flores. A quaresmeira (Tibouchina multiflora), conhecida exatamente por florir nas semanas
que antecedem a Páscoa, deu
flores antes do seu ciclo comum. "Isso pode acontecer, de
acordo com o clima do ano",
explica a bióloga Alzira Maria
da Rocha, de 62 anos.
"Em 2005, as paineiras, por
exemplo, tiveram a florada antecipada para fevereiro devido
ao calor e ao alto índice de chuva", afirma Alzira, que trabalhou durante 25 anos na Secretaria Municipal do Verde e do
Meio Ambiente.
As paineiras, de origem brasileira, têm um tronco espinhoso para combater os predadores. Os seus frutos, não comestíveis, quando estão maduros
mostram sementes cobertas de
paina, uma espécie de algodão
muito utilizado na produção
de travesseiros.
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