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Linha 2 do metrô ganha hoje trem com ar-condicionado
Refrigeração terá temperatura regulada entre 22C e 24C; novo trem terá portas mais largas e câmeras de vigilância
Todos os 16 novos trens da
linha 2 (Alto do Ipiranga-Vila Madalena) devem ser
entregues nos próximos 12
meses, a R$ 31,2 mi cada um
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
O primeiro dos 16 novos
trens adquiridos pelo Metrô
começa a circular hoje na linha
2-verde (Alto do Ipiranga-Vila
Madalena) com câmeras de vigilância, portas mais largas, itinerário com luzinhas que mostram as estações percorridas e
ar-condicionado.
O calor é uma queixa frequente dos usuários, principalmente nos horários de pico.
Atualmente, a temperatura interna chega a ficar um ou dois
graus acima da exterior.
O ar-condicionado será regulado entre 22C e 24C. Em
dias de muito calor, é possível
fazer um ajuste de até 7 C abaixo da temperatura externa.
A Folha constatou que a saída do ar fica bem na altura na
cabeça de quem viaja em pé,
paralela aos pegadores horizontais, o que pode causar desconforto às pessoas mais sensíveis. Por conta da refrigeração,
as janelas foram vedadas, bloqueando o barulho externo.
O equipamento, diz o Metrô,
não representa maior consumo
de energia, já que o gasto será
compensado por um sistema
de tração que acaba, grosso
modo, gerando energia.
Todos os 16 novos trens devem ser entregues nos próximos 12 meses, a R$ 31,2 milhões cada um. Os veículos, fabricados pela Alstom, foram
adquiridos em contrato que está sob análise do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Segundo o Metrô, todos eles
circularão na linha 2-verde,
que, por conta de sua ampliação até a Vila Prudente, demandará mais veículos para
manter o tempo de espera. A
frota atual é de 11 veículos.
Câmeras
Cada vagão terá quatro câmeras de monitoramento. As
imagens, transmitidas ao vivo e
também gravadas, são acompanhadas por uma central. Os
trens passam ainda a ter uma
caixa-preta, que guarda as imagens das últimas duas horas para o caso de acidentes.
A disposição dos assentos é a
mesma dos trens novos que já
circulam na linha 2-verde: menos bancos e mais espaço para
quem viaja em pé. Com isso, a
capacidade passa de 1.888 para
2.000 passageiros, mas menos
pessoas fazem o trajeto sentadas -362 contra 274.
Para criar uma padronização
com as cores usadas pela
CPTM, os assentos preferenciais mudaram de cinza para
azul, enquanto os demais passaram de laranja para verde. Há
bancos especiais para obesos e
com informações em braile, para deficientes visuais. Pegadores verticais terão indicação luminosa e um pegador horizontal percorrerá todo o carro.
Deficientes auditivos contam com a ajuda de um mapa da
linha em que as estações são representadas por pontos luminosos. As paradas já percorridas ficam acesas, enquanto pisca o próximo destino.
As portas passam de 1,40 m
para 1,60 m, facilitando embarque e desembarque, e têm uma
pequena rampa para a entrada
de cadeirantes. Seu sistema de
funcionamento passa a ser elétrico em vez de pneumático,
com destravamento mecânico
em caso de queda de energia.
As nuances dos avisos de voz
dos operadores foram extintas:
os alertas passam a ser digitais,
padronizados em duas opções,
de voz masculina ou feminina.
Até 2010 o governo planeja
adquirir 47 trens para as demais linhas, além de reformar
98 veículos até 2014.
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