São Paulo, sábado, 28 de março de 2009

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Linha 2 do metrô ganha hoje trem com ar-condicionado

Refrigeração terá temperatura regulada entre 22C e 24C; novo trem terá portas mais largas e câmeras de vigilância Todos os 16 novos trens da linha 2 (Alto do Ipiranga-Vila Madalena) devem ser entregues nos próximos 12 meses, a R$ 31,2 mi cada um

MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro dos 16 novos trens adquiridos pelo Metrô começa a circular hoje na linha 2-verde (Alto do Ipiranga-Vila Madalena) com câmeras de vigilância, portas mais largas, itinerário com luzinhas que mostram as estações percorridas e ar-condicionado.
O calor é uma queixa frequente dos usuários, principalmente nos horários de pico. Atualmente, a temperatura interna chega a ficar um ou dois graus acima da exterior.
O ar-condicionado será regulado entre 22C e 24C. Em dias de muito calor, é possível fazer um ajuste de até 7 C abaixo da temperatura externa.
A Folha constatou que a saída do ar fica bem na altura na cabeça de quem viaja em pé, paralela aos pegadores horizontais, o que pode causar desconforto às pessoas mais sensíveis. Por conta da refrigeração, as janelas foram vedadas, bloqueando o barulho externo.
O equipamento, diz o Metrô, não representa maior consumo de energia, já que o gasto será compensado por um sistema de tração que acaba, grosso modo, gerando energia.
Todos os 16 novos trens devem ser entregues nos próximos 12 meses, a R$ 31,2 milhões cada um. Os veículos, fabricados pela Alstom, foram adquiridos em contrato que está sob análise do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Segundo o Metrô, todos eles circularão na linha 2-verde, que, por conta de sua ampliação até a Vila Prudente, demandará mais veículos para manter o tempo de espera. A frota atual é de 11 veículos.

Câmeras
Cada vagão terá quatro câmeras de monitoramento. As imagens, transmitidas ao vivo e também gravadas, são acompanhadas por uma central. Os trens passam ainda a ter uma caixa-preta, que guarda as imagens das últimas duas horas para o caso de acidentes.
A disposição dos assentos é a mesma dos trens novos que já circulam na linha 2-verde: menos bancos e mais espaço para quem viaja em pé. Com isso, a capacidade passa de 1.888 para 2.000 passageiros, mas menos pessoas fazem o trajeto sentadas -362 contra 274.
Para criar uma padronização com as cores usadas pela CPTM, os assentos preferenciais mudaram de cinza para azul, enquanto os demais passaram de laranja para verde. Há bancos especiais para obesos e com informações em braile, para deficientes visuais. Pegadores verticais terão indicação luminosa e um pegador horizontal percorrerá todo o carro.
Deficientes auditivos contam com a ajuda de um mapa da linha em que as estações são representadas por pontos luminosos. As paradas já percorridas ficam acesas, enquanto pisca o próximo destino.
As portas passam de 1,40 m para 1,60 m, facilitando embarque e desembarque, e têm uma pequena rampa para a entrada de cadeirantes. Seu sistema de funcionamento passa a ser elétrico em vez de pneumático, com destravamento mecânico em caso de queda de energia.
As nuances dos avisos de voz dos operadores foram extintas: os alertas passam a ser digitais, padronizados em duas opções, de voz masculina ou feminina.
Até 2010 o governo planeja adquirir 47 trens para as demais linhas, além de reformar 98 veículos até 2014.


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