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Escola não irá expulsar aluno que levou arma
Garoto exibiu arma a colegas do colégio no Itaim Bibi
LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Orientação, coordenação, direção e o conselho de professores decidiram ontem pela não
expulsão do aluno de 14 anos
que levou para dentro da Escola Nossa Senhora das Graças,
no Itaim Bibi (zona sul de SP), o
revólver calibre 38 do pai, e o
exibiu para cinco colegas. A decisão foi comunicada por e-mail ontem, 14 dias após o episódio, para os pais dos alunos.
Segundo o texto, a decisão terá como decorrência "a ampla
discussão [em todas as séries]
sobre valores, violência, autorresponsabilização e resolução
de conflitos". "Os pais serão
chamados a participar dessas
discussões", diz o comunicado.
A escola, conhecida por "Gracinha", tem cerca de 1.100 alunos. A mensalidade é de R$
1.600. Os pais estavam divididos desde que se tornou pública a traquinagem do menino.
Dois times se formaram: um
que defendia a expulsão imediata (se isso não ocorresse,
ameaçava, promoveria uma debandada de alunos). Outro grupo defendia a permanência dele. Uma mãe qualificou como
"grave o que ele fez", mas distinguiu a motivação: "Ele não
levou a arma para ameaçar ninguém, mas, sim, para se exibir".
Na quinta-feira, mais um episódio envolvendo arma de fogo
aconteceu na escola municipal
Geraldo Sesso Júnior, na Vila
Brasilândia (zona norte de SP).
Um menino também de 14 anos
levou à escola um revólver do
tio, que disparou e feriu no joelho uma colega. Neste caso, testemunhas dizem também não
ter havido intenção de agredir,
apenas de se exibir. Ele foi levado para a Fundação Casa (antiga Febem), após nove horas no
45º DP. A escola não se pronunciou sobre como tratará no
âmbito pedagógico a questão
da violência e da arma.
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