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Prefeitura prevê novo gargalo com trecho sul
Secretário espera "complicadinha" em
área urbana de Anchieta e Imigrantes
Velocidade média dos veículos na avenida dos Bandeirantes e na marginal Pinheiros deve aumentar em até 7%, afirma Dersa
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo paulista espera
que a inauguração do trecho sul
do Rodoanel retire 35% das viagens de caminhões que rodam
na av. dos Bandeirantes e um
quarto da marginal Pinheiros.
Os motoristas devem se sentir mais confortáveis sem tantos veículos pesados, mas não
podem esperar uma economia
tão significativa na viagem.
A Dersa (empresa do Estado
responsável pela obra) diz que
a velocidade média dos veículos
nessas duas vias deverá aumentar em torno de 4% a 7%.
A prefeitura espera que, somada à ampliação da marginal
Tietê, a abertura do Rodoanel
traga algum resultado positivo
em vias como Roberto Marinho, 23 de Maio, Marquês de
São Vicente e Gastão Vidigal,
principalmente de manhã.
No entanto, alguns trajetos
vão atrair mais carros em direção à nova alça e podem apresentar piora. Um gargalo já foi
até mapeado: os trechos urbanos da Anchieta/Imigrantes.
Obra complementar
"Enquanto não tiver a nova
Jacu-Pêssego, deve dar uma
complicadinha", afirma Alexandre de Moraes, secretário
dos Transportes da gestão Gilberto Kassab (DEM), em referência à obra prevista para terminar no final do ano e que vai
facilitar a conexão do Rodoanel
com a zona leste de São Paulo.
Até lá, diz ele, a tendência é
que os veículos usem rotas que
passam pelas áreas urbanas da
Anchieta e da Imigrantes.
A prefeitura também pretende adotar uma nova restrição
de locais e horários aos caminhões dentro da capital paulista, para garantir que eles usem
a alça sul do Rodoanel e evitem
a malha urbana. Mas, afirma
Moraes, a definição só deve sair
dentro de três a quatro meses
-após uma análise mais aprofundada dos impactos da obra.
Aumento de tráfego
Francisco Mendes de Moraes Neto, diretor da concessionária do trecho oeste do Rodoanel (inaugurado em 2002 e
que interliga rodovias como
Anhanguera-Bandeirantes e
Raposo Tavares-Castelo Branco), diz que a projeção é de um
aumento de 20% do tráfego pela pista devido à conexão com a
nova alça sul. Na prática, dá um
incremento que supera a marca
de 40 mil veículos diariamente.
Por isso, a empresa já começou a aumentar a quantidade
de faixas de rolamento com cabines de pedágio perto da Régis
-de 13 para 19-, para evitar
que haja um estrangulamento.
A Dersa avalia que haverá
uma redução de tempo de viagem ao litoral, mas que, por
seus estudos, isso não representará um aumento significativo no total de viagens entre a
Grande SP e a Baixada Santista.
A estatal do governo paulista
cita uma redução de até 40% no
tempo para passar pela região
metropolitana em direção ao
Porto de Santos.
"Vai melhorar muito, mesmo
depois do pedágio. Mas, se não
forem feitos terminais regulares de tráfego [áreas de estacionamento ligadas ao porto], pode haver congestionamento de
caminhões na entrada de municípios do litoral", diz Flávio
Benatti, da NTC (associação do
transporte de carga).
(ALENCAR IZIDORO E JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)
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