São Paulo, domingo, 28 de março de 2010

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Prefeitura prevê novo gargalo com trecho sul

Secretário espera "complicadinha" em área urbana de Anchieta e Imigrantes

Velocidade média dos veículos na avenida dos Bandeirantes e na marginal Pinheiros deve aumentar em até 7%, afirma Dersa

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo paulista espera que a inauguração do trecho sul do Rodoanel retire 35% das viagens de caminhões que rodam na av. dos Bandeirantes e um quarto da marginal Pinheiros.
Os motoristas devem se sentir mais confortáveis sem tantos veículos pesados, mas não podem esperar uma economia tão significativa na viagem.
A Dersa (empresa do Estado responsável pela obra) diz que a velocidade média dos veículos nessas duas vias deverá aumentar em torno de 4% a 7%.
A prefeitura espera que, somada à ampliação da marginal Tietê, a abertura do Rodoanel traga algum resultado positivo em vias como Roberto Marinho, 23 de Maio, Marquês de São Vicente e Gastão Vidigal, principalmente de manhã.
No entanto, alguns trajetos vão atrair mais carros em direção à nova alça e podem apresentar piora. Um gargalo já foi até mapeado: os trechos urbanos da Anchieta/Imigrantes.

Obra complementar
"Enquanto não tiver a nova Jacu-Pêssego, deve dar uma complicadinha", afirma Alexandre de Moraes, secretário dos Transportes da gestão Gilberto Kassab (DEM), em referência à obra prevista para terminar no final do ano e que vai facilitar a conexão do Rodoanel com a zona leste de São Paulo.
Até lá, diz ele, a tendência é que os veículos usem rotas que passam pelas áreas urbanas da Anchieta e da Imigrantes.
A prefeitura também pretende adotar uma nova restrição de locais e horários aos caminhões dentro da capital paulista, para garantir que eles usem a alça sul do Rodoanel e evitem a malha urbana. Mas, afirma Moraes, a definição só deve sair dentro de três a quatro meses -após uma análise mais aprofundada dos impactos da obra.

Aumento de tráfego
Francisco Mendes de Moraes Neto, diretor da concessionária do trecho oeste do Rodoanel (inaugurado em 2002 e que interliga rodovias como Anhanguera-Bandeirantes e Raposo Tavares-Castelo Branco), diz que a projeção é de um aumento de 20% do tráfego pela pista devido à conexão com a nova alça sul. Na prática, dá um incremento que supera a marca de 40 mil veículos diariamente.
Por isso, a empresa já começou a aumentar a quantidade de faixas de rolamento com cabines de pedágio perto da Régis -de 13 para 19-, para evitar que haja um estrangulamento.
A Dersa avalia que haverá uma redução de tempo de viagem ao litoral, mas que, por seus estudos, isso não representará um aumento significativo no total de viagens entre a Grande SP e a Baixada Santista.
A estatal do governo paulista cita uma redução de até 40% no tempo para passar pela região metropolitana em direção ao Porto de Santos.
"Vai melhorar muito, mesmo depois do pedágio. Mas, se não forem feitos terminais regulares de tráfego [áreas de estacionamento ligadas ao porto], pode haver congestionamento de caminhões na entrada de municípios do litoral", diz Flávio Benatti, da NTC (associação do transporte de carga). (ALENCAR IZIDORO E JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)


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