São Paulo, domingo, 28 de abril de 2002

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OUTRO LADO

Empresa afirma ter cumprido 70% do que a Cetesb exigiu

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

Segundo o engenheiro Flávio José Berghmann Guedes, encarregado de produção do setor metalúrgico da Acumuladores Ajax, 70% das exigências da Cetesb para desinterditar a fábrica já foram atendidas.
Segundo ele, foram colocadas novas coifas e tubulações, e os fornos foram enclausurados para evitar a dispersão da fumaça. Além de partículas de chumbo, eram emitidas grandes quantidades de gás de enxofre, responsável pelo mau cheiro, por causa do ácido sulfúrico usado nas operações.
Exigências como a pavimentação do piso e a instalação de equipamentos adequados para medir a emissão de partículas também já foram atendidas.
Todos os galpões onde ficam os fornos, que são abertos, serão fechados assim que a Cetesb aprovar o projeto de recuperação da empresa, que deve ser apresentado nesta semana, segundo a assessoria da Ajax.
Ainda segundo os assessores, os restos de baterias que estão na chácara vizinha à fábrica foram depositados antes de 1994, quando o atual proprietário, Nasser Farache, comprou a empresa. "Mas, se ainda houver baterias lá, vamos recolher", disse o gerente de marketing da empresa, Paulo Neto.
As mães cujos filhos têm índices de contaminação por chumbo superiores ao aceitável pela OMS devem entrar nas próximas semanas com ações de indenização por danos morais e materiais contra a Ajax, segundo o advogado Kláudio Cóffani Nunes, que vai representá-las. De acordo com Neto, a empresa vai aguardar a decisão da Justiça. (AK)


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