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RIO
Decisão sai hoje; em reunião ontem, Garotinho avisou que não permitirá a continuação da disputa de poder entre as forças
Chefes das polícias Civil e Militar podem cair
TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O chefe de Polícia Civil, Álvaro
Lins, e o comandante da PM (Polícia Militar), Renato Hottz, estão
ameaçados de ser demitidos ainda hoje, quando toma posse o novo secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, o ex-governador Anthony Garotinho.
Lins, Hottz, Garotinho e a governadora Rosinha Matheus
(PSB) estiveram reunidos ontem
das 15h às 18h30 no Palácio Laranjeiras (residência oficial da governadora). "A governadora decidirá se eles ficam, mas deixei bem
claro para o coronel Hottz e para
o delegado Álvaro Lins que não
permitirei disputa da Polícia Civil
com a Polícia Militar, que é uma
coisa que vinha ocorrendo", afirmou Garotinho.
A decisão sobre a permanência
ou demissão de Lins e Hottz será
anunciada hoje, depois da posse
do novo secretário, marcada para
as 11h no quartel da PM. Garotinho substituirá o coronel Josias
Quintal, demitido na semana passada pela governadora.
Participou da reunião o superintendente da Polícia Federal no
Rio, delegado Marcelo Itagiba,
que foi convidado e aceitou assumir o cargo de subsecretário de
Segurança. Também estiveram
no encontro o secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, o presidente do ISP (Instituto de Segurança
Pública), Jorge da Silva, e o presidente do Detran, Hugo Leal.
Na reunião, a governadora repassou aos participantes o que espera que seja feito para controlar a violência no Rio. "Dei ordem
para que seja feito tudo. Dentro
dos limites da lei", disse ela.
Itagiba está, segundo Garotinho, fazendo projetos que permitam a contratação rápida de peritos e legistas para a Polícia Civil.
Uma hipótese é realizar convênios com universidades. Para Garotinho, perícias bem feitas agilizam a elucidação dos crimes.
Rosinha disse ainda que, em até
seis meses, quer toda a estrutura
da Secretaria de Segurança instalada no prédio da antiga companhia ferroviária Central do Brasil
(centro do Rio), projeto criado na
gestão de seu marido.
Garotinho disse estar retomando projetos iniciados quando era
governador (1999-abril de 2002) e
que uma de suas metas é fortalecer as áreas integradas de segurança, por meio de ações específicas para cada região do Estado.
Pela manhã, depois de participar de culto evangélico, Garotinho disse que tomará precauções
com a segurança de sua família.
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