São Paulo, quarta-feira, 28 de abril de 2004

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CRIME EM PERDIZES

Extratos bancários e cheques emitidos nos últimos meses pela Referência Filmes serão analisados

Justiça quebra sigilo de empresa de Rugai

DO "AGORA"

Ontem, a Justiça determinou a quebra do sigilo bancário da empresa de Luiz Carlos Rugai, 40, a Referência Filmes. Ele e a mulher, Alessandra Troitino, 33, foram mortos a tiros em sua casa, no bairro de Perdizes, zona oeste, no final do mês de março. A intenção é fazer uma análise nos extratos e cheques emitidos nos últimos meses para descobrir eventuais desfalques. A Referência faturava, em média, R$ 1 milhão por mês.
Também está sendo investigado se Gil Rugai, 21, filho do proprietário da empresa e suspeito dos assassinatos, tem ou não conta bancária. O rapaz disse que nunca teve conta em banco.
O inquérito sobre as mortes do casal de publicitários será entregue hoje ao Ministério Público Estadual. Também será enviado o pedido de prisão preventiva (até o julgamento) de Gil Rugai. A prisão temporária que ele cumpre vence amanhã.
Amanhã, depois de analisar o inquérito, a promotora pública Mildred Gonzalez Campi, do 5º Tribunal do Júri, irá oferecer à Justiça denúncia contra Gil por duplo homicídio.
Ontem, a Polícia Civil descobriu que a fechadura da entrada dos fundos da mansão, na rua Traipu, diferentemente de todas as outras da casa, não foi trocada pelas vítimas. A suspeita é que Gil e outra pessoa, ainda não-identificada, tenham entrado e saído da casa pela porta dos fundos. O advogado de Gil, Fernando José da Costa, diz que o rapaz não tinha as chaves dessa entrada.

Sangue
Nos próximos dias, Gil Rugai deverá fornecer uma amostra de sangue para que peritos do IC (Instituto de Criminalística) a comparem com o sangue que foi encontrado em três pontos -sala de TV, sala de ginástica e cozinha- da mansão de Perdizes.
Já se sabe que as amostras colhidas nos três pontos da mansão do publicitário pertencem a um homem e a uma mulher, ainda não-identificados.
Anteontem, a gerente de uma agência do banco Itaú em Perdizes confirmou à polícia que, dias antes de ser morta a tiros, Alessandra Troitino proibiu que o seu enteado movimentasse contas bancárias particulares do marido, Luiz Carlos Rugai.


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