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CRIME EM PERDIZES
Extratos bancários e cheques emitidos nos últimos meses pela Referência Filmes serão analisados
Justiça quebra sigilo de empresa de Rugai
DO "AGORA"
Ontem, a Justiça determinou a
quebra do sigilo bancário da empresa de Luiz Carlos Rugai, 40, a
Referência Filmes. Ele e a mulher,
Alessandra Troitino, 33, foram
mortos a tiros em sua casa, no
bairro de Perdizes, zona oeste, no
final do mês de março. A intenção
é fazer uma análise nos extratos e
cheques emitidos nos últimos
meses para descobrir eventuais
desfalques. A Referência faturava,
em média, R$ 1 milhão por mês.
Também está sendo investigado
se Gil Rugai, 21, filho do proprietário da empresa e suspeito dos
assassinatos, tem ou não conta
bancária. O rapaz disse que nunca
teve conta em banco.
O inquérito sobre as mortes do
casal de publicitários será entregue hoje ao Ministério Público Estadual. Também será enviado o
pedido de prisão preventiva (até o
julgamento) de Gil Rugai. A prisão temporária que ele cumpre
vence amanhã.
Amanhã, depois de analisar o
inquérito, a promotora pública
Mildred Gonzalez Campi, do 5º
Tribunal do Júri, irá oferecer à
Justiça denúncia contra Gil por
duplo homicídio.
Ontem, a Polícia Civil descobriu
que a fechadura da entrada dos
fundos da mansão, na rua Traipu,
diferentemente de todas as outras
da casa, não foi trocada pelas vítimas. A suspeita é que Gil e outra
pessoa, ainda não-identificada,
tenham entrado e saído da casa
pela porta dos fundos. O advogado de Gil, Fernando José da Costa,
diz que o rapaz não tinha as chaves dessa entrada.
Sangue
Nos próximos dias, Gil Rugai
deverá fornecer uma amostra de
sangue para que peritos do IC
(Instituto de Criminalística) a
comparem com o sangue que foi
encontrado em três pontos -sala
de TV, sala de ginástica e cozinha- da mansão de Perdizes.
Já se sabe que as amostras colhidas nos três pontos da mansão do
publicitário pertencem a um homem e a uma mulher, ainda não-identificados.
Anteontem, a gerente de uma
agência do banco Itaú em Perdizes confirmou à polícia que, dias
antes de ser morta a tiros, Alessandra Troitino proibiu que o seu
enteado movimentasse contas
bancárias particulares do marido,
Luiz Carlos Rugai.
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