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PROTESTO
Categoria pede 5% de aumento
Motoristas de ônibus fazem greve de "alerta"
DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
Em razão de impasses na negociação salarial, o sindicato dos
motoristas e cobradores de São
Paulo decidiu promover hoje
uma paralisação de ônibus, da 0h
às 6h. Segundo o Sindicato dos
Motoristas e Trabalhadores em
Transporte Rodoviário Urbano
de São Paulo, não é uma greve,
mas um "protesto" -que pode
ser entendido como "um alerta".
"Vamos fazer uma assembléia
na sexta-feira [amanhã] e decidir
que rumo tomar. Se não houver
um acordo, entraremos em greve
a partir de segunda", disse Isao
Hosogi, presidente do sindicato.
A categoria, que tem data-base
em 1º de maio, pede aumento real
de 5,08%, mais 7,71% referentes à
perda salarial -a base de cálculo
seria o ICV (Índice de Custo de
Vida), do Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos).
Segundo Hosogi, até agora o
SPUrbanuss (sindicato patronal)
não comentou a reivindicação
dos motoristas e cobradores e não
fez contraproposta. Procurada, a
entidade não respondeu às solicitações de entrevista.
O sindicato patronal desmarcou a reunião marcada, para ontem, para discussão do tema. O
motivo alegado em carta enviada
ao sindicato de funcionários foi a
"absoluta indefinição que afeta as
regras dos contratos de concessão
firmados com a Secretaria Municipal de Transportes, em especial
àquelas relativas à remuneração
das empresas operadoras".
"Isso não é verdade. Há regras
definidas, sim", afirmou o secretário municipal de Transportes,
Frederico Bussinger. O secretário
disse ainda que a secretaria atuará
para retomar as negociações.
O prefeito José Serra (PSDB)
afirmou ontem que a prefeitura
pouco tem a fazer em relação à
greve, pois se trata de uma questão entre funcionários e empresários. "Esse é um assunto que prejudica muito a população e que
tem de ser resolvido entre os empresários e trabalhadores sem
prejudicar as pessoas."
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