São Paulo, terça-feira, 28 de abril de 2009

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ERIK SVEDELIUS (1909-2009)

Um "sueco brasileiríssimo" do ramo gráfico

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos conselheiros mais antigos do Hospital Samaritano se chamava Erik Svedelius, tinha cem anos desde o dia 19 do mês passado e era sueco, de Estocolmo.
Foi graças a ele que o hospital ficou mais tranquilo, como o próprio Erik contou à publicação da instituição.
A rua Veiga Filho, que ladeia o prédio do hospital, era uma subida cheia de paralelepípedos, o que causava uma barulheira danada quando os carros passavam.
A convite de Erik, um dos responsáveis pelo trânsito de São Paulo na época visitou as instalações do hospital. Passado um tempo, a via teve a mão invertida e foi coberta por asfalto, para o sossego dos pacientes do lugar.
No Brasil desde 1932, Erik chegou a trabalhar na Texaco, mas foi na T. Janér, empresa ligada ao ramo gráfico, que fez carreira. No fim da década de 30, foi convidado pelo fundador da empresa para ser seu sócio.
Trabalhou ativamente até o fim da década de 90, mas, até há pouco, ainda ia ao seu escritório, como lembra seu braço direito desde os anos 60, Salvador Ferreira da Silva. "Tudo o que eu disser sobre ele vai ser pouco", diz.
Salvador lembra que o ex-governador de SP Paulo Egydio referia-se a Erik como um "sueco brasileiríssimo". "Muito sociável", gostava de passar os verões em seu país.
Foi cônsul-geral da Suécia por 16 anos, a partir dos anos 60. Viúvo desde 2006, morreu na quinta, de falência dos órgãos. Não deixa filhos.

obituario@grupofolha.com.br


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