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ERIK SVEDELIUS (1909-2009)
Um "sueco brasileiríssimo" do ramo gráfico
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos conselheiros mais
antigos do Hospital Samaritano se chamava Erik Svedelius, tinha cem anos desde o
dia 19 do mês passado e era
sueco, de Estocolmo.
Foi graças a ele que o hospital ficou mais tranquilo,
como o próprio Erik contou à
publicação da instituição.
A rua Veiga Filho, que ladeia o prédio do hospital, era
uma subida cheia de paralelepípedos, o que causava
uma barulheira danada
quando os carros passavam.
A convite de Erik, um dos
responsáveis pelo trânsito de
São Paulo na época visitou as
instalações do hospital. Passado um tempo, a via teve a
mão invertida e foi coberta
por asfalto, para o sossego
dos pacientes do lugar.
No Brasil desde 1932, Erik
chegou a trabalhar na Texaco, mas foi na T. Janér, empresa ligada ao ramo gráfico,
que fez carreira. No fim da
década de 30, foi convidado
pelo fundador da empresa
para ser seu sócio.
Trabalhou ativamente até
o fim da década de 90, mas,
até há pouco, ainda ia ao seu
escritório, como lembra seu
braço direito desde os anos
60, Salvador Ferreira da Silva. "Tudo o que eu disser sobre ele vai ser pouco", diz.
Salvador lembra que o ex-governador de SP Paulo Egydio referia-se a Erik como
um "sueco brasileiríssimo".
"Muito sociável", gostava de
passar os verões em seu país.
Foi cônsul-geral da Suécia
por 16 anos, a partir dos anos
60. Viúvo desde 2006, morreu na quinta, de falência dos
órgãos. Não deixa filhos.
obituario@grupofolha.com.br
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