São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Prefeitura compra prédio da Votorantim

Edifício da década de 1920 que fica ao lado de Teatro Municipal, no centro de São Paulo, vai abrigar secretarias

Os valores ainda não estão fechados, mas a estimativa é a de que o negócio movimente cerca de R$ 40 milhões


Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Prédio do grupo Votorantim (ao fundo, do lado direito), na praça Ramos de Azevedo, será desapropriado para ser ocupado por órgãos da prefeitura

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

Um prédio projetado na década de 1920 pelos mesmos arquitetos franceses do Copacabana Palace será o novo local de trabalho de funcionários da prefeitura na região central de São Paulo.
Desde a década de 1960 o prédio abriga a sede da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), do grupo Votorantim. Só que agora, por questões administrativas, o grupo decidiu abandonar o centro e vai vender o imóvel.
Representantes do Votorantim procuraram Gilberto Kassab (que anunciou a saída do DEM para fundar o PSD). O prefeito de São Paulo fechou o acordo na hora.
Inaugurado em 1923 como hotel Esplanada, um dos mais elegantes da cidade entre 1920 e 1930, o prédio é vizinho do Teatro Municipal e do Vale do Anhangabaú.
Os valores não estão fechados, mas estimativa é que o negócio movimente algo em torno de R$ 40 milhões.
O projeto do edifício de sete andares e 2.550 m2 de construção é dos arquitetos franceses Emile Viret e Gabriel Marmorat, contratados por familiares do conde Rodolfo Crespi, que decidiram construir um hotel no local.
Como é tombado desde 1992 pelo Conpresp (conselho municipal do patrimônio histórico), sua fachada não pode ser alterada. Porém, para receber os departamentos da prefeitura, serão necessárias adaptações internas.
A primeira ideia é transferir para lá a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, que hoje ocupa salas alugadas em outro edifício vizinho ao Vale do Anhangabaú. Além desta, ao menos mais uma secretaria deve ocupar o prédio.
Pelos primeiros cálculos de técnicos da prefeitura, o valor investido no negócio, com compra e adaptação do imóvel, seria equivalente ao que o município economizaria em aluguéis dos mesmos departamentos em um período de sete a oito anos.
O grupo Votorantim não se manifestou oficialmente sobre a negociação. Informou apenas que está analisando os termos do decreto de Kassab que prevê a desapropriação do imóvel. Segundo a Folha apurou, a desapropriação será amigável porque há acordo em relação ao valor.
O prédio deve ser desocupado em três a quatro meses.


Texto Anterior: Há 90 Anos
Próximo Texto: Prédio na Praça Ramos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.