São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2011

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FOCO

Refugiadas no país produzem bijuterias como fonte de renda

FERNANDO MAGALHÃES
DO RIO

Refugiadas há poucos meses no Brasil, algumas mulheres atendidas pelo Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) encontraram na produção de bijuterias uma forma de ocupar seu tempo e criar uma fonte de renda.
Em aulas dadas uma vez por semana pela equipe da Cáritas, instituição ligada à Arquidiocese do Rio, elas aprendem a fazer brincos, broches, colares e pulseiras, que já têm marca: REF-azer.
Os produtos começarão a ser vendidos em 29 de junho, Dia Mundial do Refugiado.
"Pensei que não fosse gostar, porque achava que não tinha habilidade com as mãos", diz a cubana S., 24.
Muitas das alunas ainda não conseguiram regularizar sua situação no país, por isso pedem para não ser identificadas. A ex-estudante cubana é uma delas.
O curso já tem 25 alunas. Na aula acompanhada pela Folha, além da cubana havia outras seis, da República Democrática do Congo.
"Primeiro elas aprendem a fazer os colares, depois vêm os brincos e pulseiras. Nossa ideia é que possamos produzir bolsas quando elas começarem a usar as máquinas de costura", explica a professora Márcia Gomes, 47.
Em poucas semanas, as refugiadas já fizeram mais de 150 colares, que ficam expostos na sala de aula. O que for arrecadado com a venda das peças será dividido entre a Cáritas e as alunas.
A turma já tem até mascote: Bruna, de um mês, nascida no Rio e que acompanha a mãe, a congolesa A., 25.


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