DA REPORTAGEM LOCAL

O promotor Luiz Marcelo Negrini de Oliveira Mattos afirmou ontem que nunca recebeu nenhum tipo de vantagem financeira por ser amigo dos dois empresários investigados sob suspeita de lavar dinheiro do tráfico.
Segundo ele, as denúncias são retaliações do policial civil Luiz Gustavo de Oliveira Schemy, que, com quatro outros policiais, foi denunciado à Justiça por extorsão mediante seqüestro e tortura.
"Sou aficionado por carros, mas sempre comprei todos com meu dinheiro. Também troco muito [de carro] porque o PCC [Primeiro Comando da Capital] colocou minha cabeça a prêmio."
Ontem, o ex-procurador-geral de Justiça Rodrigo Rebello Pinho disse que, no seu último dia à frente do Ministério Público paulista, em 28 de março, enviou pedido de arquivamento do procedimento contra Mattos ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça de SP. "Por absoluta falta de provas contra o Luiz Marcelo, que é um promotor dos mais destemidos", disse.
Até agora, o Órgão Especial do TJ não deu parecer se arquiva o caso, mas a Folha apurou que o novo procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, quer revisar todas as denúncias contra Mattos, que ontem pediu afastamento do Gaerco - o que foi aceito.
A reportagem não conseguiu localizar os empresários nem o policial Schemy.


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