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Condenações cresceram 70% em Porto Alegre
GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE
Pioneiro no país, o Rio
Grande do Sul tirou crianças
e adolescentes da frente de
acusados de crimes quando
elas -na condição de vítimas
ou testemunhas- precisam
depor na Justiça.
O procedimento, "Depoimento Sem Dano", aumentou em 70% o número de
condenações por abuso sexual só em Porto Alegre.
O modelo visa minimizar
os danos psicológicos ao impedir que as vítimas revivam
o trauma da violência no encontro com o suspeito -muitas vezes, um familiar.
"Criança tem um tempo diferente, a gente não pode fazer perguntas fechadas. Ela
pode responder só para agradar", diz o idealizador do
projeto, juiz José Antônio
Daltoé Cezar, da 2ª Vara da
Infância e da Juventude de
Porto Alegre.
Desde maio de 2003, quando a experiência começou,
mais de 2.000 crianças e adolescentes -com idades entre
4 e 17 anos- foram ouvidos.
Impedir que a criança se
sinta intimidada pelo ambiente formal ou pela presença do acusado, diz o magistrado, resulta em melhoria de
qualidade da prova judicial.
O programa é aplicado em
14 comarcas do interior. Outras 12 deverão aderir a ele
neste ano. O programa tem
um custo de R$ 15 mil para a
compra de equipamentos.
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