|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Enterro de jovem reúne 300 pessoas
Adriano Wilson da Silva é apontado pela polícia como um dos líderes da facção no ABC; família o define como "bom menino"
Parentes que foram ontem ao IML de São Bernardo do Campo (ABC) disseram ter encontrado marcas de balas na cabeça dos mortos
DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais de 300 pessoas acompanharam ontem, em São Bernardo do Campo, o enterro de
Adriano Wilson da Silva, o Boy,
morto anteontem numa ação
policial em repressão a um suposto ataque do PCC. Silva é indicado pela polícia como um
dos líderes da facção no ABC.
Pela família, é definido como
"bom menino".
"A vizinhança veio em peso.
Ele era muito querido", disse
uma prima, que se identificou
só como Solange. "Treze mortos de uma vez só é muito estranho." Silva foi enterrado no cemitério Jardim da Colina. Outros cinco suspeitos foram enterrados ali. "Foi uma grande
perda. Eu era muito amigo do
Boquinha", disse Cláudio Souza, 23, referindo-se a Wellington de Araújo Carvalho.
Parentes que foram ontem
ao IML de São Bernardo reconhecer e pedir a liberação dos
dez corpos de suspeitos afirmam que foram rendidos e
mortos sem chance de defesa.
"Vi meu marido. Tinha uma
cicatriz enorme como uma tiara na cabeça. Com certeza levou um tiro na cabeça", afirmou uma mulher à Folha. Outras duas pessoas disseram ter
achado marcas de balas na cabeça dos parentes no IML.
O médico-legista Manoel de
Assunção disse que as cicatrizes nas cabeças não denotam
tecnicamente que houve uma
transfixação por bala na região.
"É um procedimento normal.
Abrimos todos os órgãos."
Texto Anterior: Especialistas vêem sinal de possível abuso Próximo Texto: Mortos na ação Índice
|