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Novo centro do HC amplia atendimento de casos de câncer
Apesar de elevar em 75% o número de atendidos mensalmente, serviço está muito aquém da demanda, segundo oncologista
Avaliado em R$ 7,2 milhões, prédio de três andares deve concentrar os casos que demandam tratamento com quimio e radioterapia
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Hospital das Clínicas de
São Paulo inaugura amanhã
um centro de oncologia que aumentará em 75% o número de
atendimentos mensais de câncer-de 2.000 para 3.500. Também haverá mais oferta de sessões de quimioterapia, de 1.700
para 3.000 por mês.
Avaliado em R$ 7,2 milhões,
o novo centro deve concentrar
os casos de câncer que demandam tratamento com quimio e
radioterapia. Até então, o atendimento ficava espalhado pelo
complexo do HC. A quimioterapia, por exemplo, ficava no
sexto andar do prédio dos ambulatórios. Os leitos de internação, no Instituto Central, e a radioterapia, no terceiro andar do
Instituto de Radiologia. O câncer cirúrgico continua sendo
tratado nos ambulatórios das
especialidades.
Segundo o médico Giovanni
Guido Cerri, diretor do Hospital das Clínicas, o centro foi
construído com recursos da
fundação da Faculdade de Medicina, que reúne verba do SUS,
de convênio e de outras parcerias do HC.
Para ele, o passo mais importante será na qualidade do serviço. O paciente poderá optar
por fazer as sessões de quimioterapia, que duram de uma a
seis horas, em salas individuais.
As mais longas poderão ser feitas em quartos com direito a
banheiro privativo.
"O paciente oncológico é
muito sofrido. Merece um conforto maior", diz Cerri.
Outro setor que passará por
mudanças é o de manipulação
de remédios para quimioterapia. Até agora, a sala não tinha o
isolamento necessário para
evitar a contaminação. Agora, a
sala preenche todos os requisitos de segurança.
Com três andares distribuídos por 2.500 mil metros quadrados, o novo centro foi erguido entre o institutos de radiologia e o central. A construção começou em janeiro de 2005.
"Conseguimos erguer o prédio
e equipar o centro em um tempo recorde", diz Cerri
Ele afirma que, além de receber pacientes encaminhados
pelos ambulatórios, o centro
também poderá tratar doentes
vindos de outras instituições,
desde que haja vaga. Cerri não
soube precisar os números dessa demanda no HC.
Para a médica Nise Yamaguchi, presidente da regional paulista da Sociedade Brasileira de
Oncologia Clínica, o centro é
importante, mas está muito
aquém de suprir as necessidades dos pacientes oncológicos
da capital.
"A grande maioria fica percorrendo, com seu tumor, os
hospitais à procura de atendimento e só encontra porta fechada. Quando consegue, o câncer está avançado, com poucas chances de cura."
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