São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 2011

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Capital puxa queda de homicídios no Estado

Na cidade, homicídios intencionais caíram 21,15% em maio deste ano

Roubos seguidos de morte, porém, subiram de 119 casos nos cinco primeiros meses de 2010 para 141 neste ano


EVANDRO SPINELLI
ROGÉRIO PAGNAN

DE SÃO PAULO

A taxa de homicídios no Estado de São Paulo chegou no mês de maio ao seu menor nível nos últimos 15 anos, com 9,77 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Segundo as estatísticas oficiais da Secretaria da Segurança Pública, em maio foram registrados 337 homicídios no Estado, uma queda de 7,92% em relação ao mesmo período do ano passado.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera situação de epidemia um índice acima de 10 crimes para cada 100 mil moradores.
É a 14ª queda consecutiva no índice de homicídios, sempre na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Não é correto comparar com o mês imediatamente anterior (maio com abril, por exemplo), porque a criminalidade é sazonal.
A queda dos homicídios dolosos em São Paulo foi puxada, principalmente, pela redução de ocorrências desse crime na capital, que teve 82 registros de assassinatos em maio, decréscimo de 21,15%.
A taxa da cidade de São Paulo chega a 9,57 crimes por 100 mil habitantes.
A divulgação mensal das estatísticas começou em abril deste ano, após a Folha revelar que o então responsável pelas informações, o sociólogo Túlio Kahn, impedia sua divulgação alegando sigilo, mas negociava os mesmos dados com empresas e entidades privadas.

LATROCÍNIO
Os dados do mês de maio revelam, por outro lado, um crescimento de quase 20% no número mortes ocorridas durante assaltos.
Segundo as estatísticas oficiais, os latrocínios pularam de 119 casos nos primeiros cinco meses de 2010 para 141 casos no acumulado deste ano, em igual período.
Esse é um tipo de crime considerado pela polícia um dos mais difíceis de combater porque não são, em regra, planejados pelo bandido.
São fruto, na maioria das vezes, da reação da própria vítima durante um roubo. Essa reação pode ser até o susto que a vítima leva na hora.
"Sabemos que é um paradoxo a vítima ter que manter a calma quando está sendo assaltada, mas temos que pedir isso", disse o delegado-geral Marcos Carneiro Lima.
Esse crescimento dos latrocínios se deu mesmo com uma estabilidade no número de roubos em geral. Foram 821 registros nesses cinco meses de 2011, contra 822 do igual período de 2010.
Outras modalidades de crime que também cresceram foram os furtos e roubos a veículos. Os furtos (quando não há violência) cresceram 8,77% e os roubos (quando há ameaça), 10,16%.


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