São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 2005

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CRIME ORGANIZADO

Conversa gravada menciona "retaliação"

PCC ameaça familiares de delegado após prisão de integrantes da facção

DO "AGORA"

Conversas telefônicas entre detentos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), que interceptadas pela polícia anteontem, logo após o anúncio da prisão de 11 pessoas que seriam da facção, apontam para uma possível retaliação contra os homens do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado).
Nas gravações, pessoas do PCC fazem referência principalmente a familiares de um delegado do Deic. O policial, que não teve o nome revelado por motivo de segurança, já tentava mudar seus pais, que foram ameaçados nas conversas, da casa onde vivem, anteontem à tarde.
Além das 11 pessoas presas sob a acusação de ligação com a facção, o departamento apreendeu um arsenal avaliado em mais de R$ 500 mil, com lançadores de granada, fuzis, metralhadoras, revólveres, explosivos, pistolas, uma metralhadora antiaérea .30 e quatro carros.
Entre os presos está a estudante de direito Cynthia Giglio da Silva, 28, mulher de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção preso, e Deivid Surur, 23, o DVD, apontado como o atual tesoureiro do PCC e que teria ajuda do policial civil Paulo Humberto Mangini, 26, também preso, para cuidar do dinheiro destinado à facção.
Ontem, o advogado de Cynthia, acusada de receber R$ 15 mil de mesada do PCC, Vitor Fachinetti Júnior, disse que ela é inocente. "Ela não recebia mesada do Marcos [Marcola] nem jamais passou alguma informação por telefone para ele na prisão", falou Fachinetti Júnior, que pedirá hoje a revogação da prisão de Cynthia.


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