DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer a ajuda da Fundação Abrinq para sensibilizar prefeitos de cidades do interior do Estado a aceitar a instalação de unidades da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) em seus municípios. A resistência dos prefeitos tem sido, segundo o governo, uma das dificuldades para ampliar a rede da Febem.
O governador, o secretário da Justiça e Defesa da Cidadania, Hédio Silva Júnior, e a presidente da Febem, Berenice Gianella, se reuniram com o diretor-presidente da Fundação Abrinq, Rubens Naves, no Palácio dos Bandeirantes.
"Queremos parceria para não virar briga política [entre governo e prefeitos]. Quando há unidades pequenas nas cidades, o juiz conhece o adolescente pelo nome e é mais fácil desinternar, ir para meio aberto, é mais fácil visitar. É outro modelo", disse Alckmin.
Para Naves, primeiro é necessário conversar com os prefeitos para que eles facilitem a implementação de medidas socioeducativas alternativas à internação dos jovens. No entanto, nos casos em que houver a necessidade de instalar uma unidade da Febem no município, Naves disse que irá dialogar com os prefeitos.
Há 367 prefeitos certificados como ""Amigos da Criança" pela Fundação Abrinq em todo o Estado de São Paulo.

Novas unidades
O governador anunciou que devem ser publicados hoje os editais de licitação de duas unidades da Febem que serão construídas em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo).
Cada instituição terá 40 vagas e receberá internos de Campinas que hoje estão em outras unidades do Estado. Os prédios devem ficar prontos em no máximo quatros meses e meio. Das 41 unidades prometidas pelo governo, apenas nove estão licitadas. Duas deverão ser construídas na cidade de São Paulo, embora haja resistências contra o projeto.


Texto Anterior: Família diz em nota confiar na inocência do filho
Próximo Texto: Panorâmica - Violência: Garota cuja prima diz ter sido estuprada por PMs recebe ameaças de morte
Índice