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SP tem julho mais quente dos últimos 19 anos
A média das temperaturas máximas nos últimos 27 dias do mês é de 24,8C
Sem chuvas, índice de umidade relativa do ar em SP é o menor desde 2000; no
interior, situação forçou a
suspensão de queimadas
DO "AGORA"
DA FOLHA ONLINE
DA FOLHA RIBEIRÃO
Este mês de julho é o mais
quente na cidade de São Paulo
nos últimos dezenove anos, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A média das temperaturas máximas
nos últimos 27 dias é de 24,8C,
a mais alta em julho desde 1987.
Além disso, desde o dia 1º, nenhuma das temperaturas mínimas registradas na estação do
mirante de Santana (zona norte) ficou abaixo dos 10C. A última vez que isso ocorreu foi
em julho de 1997, quando a mínima foi de 10,5C. Normalmente, as médias das mínimas
observadas em julho ficam próximas dos 6,4C.
O calor intenso e prolongado
e a ausência de chuva têm deixado o ar seco em todo o Estado, nas últimas semanas. No último dia 24, São Paulo teve o
dia mais quente, no mês de julho, dos últimos 63 anos. Naquele dia, a máxima registrada
foi de 30,2C.
Anteontem, o índice de umidade relativa do ar de São Paulo
ficou em 25%, o menor desde
2000. Embora a estação do mirante de Santana seja parâmetro para as medições na cidade,
diversos bairros registraram
índices ainda menores.
No interior do Estado, a situação é ainda mais preocupante. Em diversos pontos, medições extra-oficiais apontaram umidade do ar de apenas
15%. Em Presidente Prudente
(565 km da capital), o Inmet registrou umidade de 18% na terça passada e colocou a região
em alerta.
Números inferiores a 20%
podem trazer riscos à saúde, de
acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde).
A suspensão da queima da
palha da cana determinada pelo Estado afetou ontem, quando começou a vigorar a medida
inédita, cerca de 2.000 fazendas no Estado que tinham autorização para realizar queimadas. A proibição, no entanto,
não foi seguida por todos: à tarde, a Folha flagrou queimada
em um canavial de Pitangueiras. A reportagem não conseguiu localizar os responsáveis
pela queimada. O caso deve ser
investigado hoje pela Cetesb
(agência ambiental paulista).
O impacto na interrupção
das queimadas nas plantações,
necessárias para a colheita manual da cana, afeta todas as etapas da cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro.
Na opinião do usineiro Maurílio Biaggi Filho, conselheiro
da Unica (União da Agroindústria Canavieira), a decisão estadual "ficou ótima para o Estado, que aumentará a arrecadação". Ele não quis comentar o
efeito da proibição.
Previsão
Depois da onda de calor que
atingiu o Estado durante a semana, o Inmet prevê que as
temperaturas baixem até 10C
durante o fim de semana. A
previsão também é de chuva.
As mudanças no tempo devem ser causadas pela chegada
de uma massa de ar frio.
De acordo com médicos, a
mudança brusca na temperatura pode causar problemas respiratórios, principalmente nas
crianças.
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