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ADMINISTRAÇÃO
Prefeitura consegue derrubar liminar que suspendia licitação; fiscalização eletrônica estréia na avenida Sumaré
Blitz contra publicidade ilegal começa hoje
JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo conseguiu derrubar na Justiça uma liminar que suspendeu, há duas semanas, uma licitação lançada pela
administração para fazer blitze
eletrônicas contra publicidade ilegal espalhada pela cidade.
Com a decisão favorável, obtida
anteontem, a primeira operação
contra publicidade ilegal já foi
programada para hoje, em parte
da avenida Sumaré (zona oeste
São Paulo). Segundo a prefeitura,
até satélites serão usados na fiscalização eletrônica.
A liminar que suspendeu a licitação havia sido conseguida no
último dia 12 pela Consladel, uma
das empresas que foram desclassificadas da licitação. O processo
que ela disputava chegou à fase final com uma única concorrente
-a Trends, que terminou vencendo a licitação.
A Consladel poderá recorrer da
decisão conseguida pela prefeitura. O despacho a favor da administração foi dado pela 9ª Vara da
Fazenda Pública, a mesma que tinha concedido antes a liminar à
empresa.
Na decisão de anteontem, o argumento foi o de que a Consladel
não cumpriu na "integralidade"
os requisitos exigidos pela prefeitura para a prestação de serviços.
A cassação da liminar foi baseada em documentos apresentados
pela administração, que desclassificou a empresa por ela supostamente não ter apresentado prova
de capacitação técnica para realizar as blitze com uso de satélite.
A primeira blitz deverá ser
acompanhada pela prefeita Marta
Suplicy (PT). Ao participar da fiscalização, ela quer dar uma demonstração pública da prioridade que dá ao projeto e anunciar a
guerra tecnológica que sua gestão
fará contra a publicidade ilegal.
O gesto de Marta repetirá o que
ela já fez no começo de sua gestão,
há um ano e oito meses. Na época,
ela também declarou que o combate ao problema seria uma prioridade de seu governo.
Mais multas
Com as operações que serão feitas agora, a previsão da Secretaria
das Subprefeituras é emitir até 90
mil multas em seis meses, 30 vezes
mais do que as autuações feitas
neste ano, até o mês passado.
Considerando a previsão de haver 44.100 multas pagas, o serviço
custará R$ 3,4 milhões aos cofres
públicos. No total, 10 mil km de
vias devem ser fiscalizadas em
busca dos estimados 4 milhões de
anúncios ilegais.
Com a operação, a prefeitura terá registro dos anúncios ilegais
em imagens digitalizadas e poderá saber sua exata localização.
Programas de informática que serão usados medirão o tamanho
das peças e emitirão a multa às empresas de publicidade, ao
anunciante ou ao dono do imóvel em que os anúncios estiverem
instalados.
Além dos anúncios, a fiscalização também registrará em imagens as fachadas de imóveis, para identificar pichações, de calçadas, para verificar se elas estão deterioradas, e até se os moradores estão respeitando os horários para colocar o lixo na rua. As imagens serão usadas para notificar moradores, não para multá-los.
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