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Queda do diretor expõe a disputa
pelo poder no interior do instituto
DA SUCURSAL DO RIO
O movimento que levou à queda de Jamil Haddad do cargo de
diretor do Inca expôs também as
divergências internas no instituto.
Hoje, um dos grupos mais fortes é o de funcionários que têm a
confiança do ex-diretor-geral do
Inca e presidente do conselho curador da FAF (Fundação Ary
Frauzino), Marcos Moraes.
Ele foi nomeado para o cargo de
diretor-geral em 1990, quando
Fernando Collor de Melo estava
na Presidência. Moraes ficou na
direção do Inca até 1998, quando
passou o cargo para Jacob Kligerman. Ele, no entanto, ainda acumula poderes no instituto por ser
fundador e presidente do conselho curador da FAF.
A fundação foi criada em 1991
para captar recursos para o Inca,
mas, com a redução dos concursos públicos, passou a ser responsável pela contratação de boa parte dos funcionários do instituto.
Ao se demitir do cargo de diretor-geral, Haddad disse ter contrariado interesses da FAF ao tentar nomear uma pessoa de sua
confiança como responsável pelo
setor de contratos e licitações, cargo a ser remunerado pela FAF.
O superintendente da fundação,
Luiz Fernando Candiota, nega essa versão: "Todos os pedidos da
direção sempre são atendidos. O
que aconteceu foi que, no início
de agosto, percebemos que ultrapassamos nosso limite de gastos
em 2%. A partir da constatação de
que o orçamento foi estourado, eu
só posso liberar mais recursos se o
conselho aprovar".
Moraes perdeu um pouco de
sua influência no Inca quando
Kligerman assumiu, indicado pelo então ministro José Serra. Alguns diretores indicados por Kligerman achavam que a FAF, apesar de necessária Inca, não deveria ficar centralizada em Moraes,
que há anos vem sendo reconduzido ao cargo de presidente do
conselho curador da entidade.
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