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SEGURANÇA
Busca por orientação cresceu após casos recentes
Polícia Militar dá dicas a escolas para reduzir risco de seqüestros
DA REPORTAGEM LOCAL
Evitar colar, no carro, adesivos
que contenham informações sobre escolas, clubes ou academias
freqüentados ou o condomínio
residencial onde a família mora;
não usar roupas e acessórios que
ostentem marcas famosas ou chamem muita atenção; fugir das placas de veículo personalizadas que
usem, por exemplo, nome e data
de nascimento de alguém da família na combinação; não esperar
pelo sinal de saída dos alunos
dentro do carro, ouvindo música
ou lendo de forma distraída.
Dicas como essas estão sendo
dadas pela Polícia Militar a escolas da zona oeste de São Paulo que
têm procurado a corporação em
busca de orientações anti-seqüestro que são repassadas aos pais.
Apenas neste mês, dois jovens
que estudavam em instituições
particulares de áreas nobres da região foram resgatados após terem
sido mantidos em cativeiro.
As dicas da polícia já foram enviadas por e-mail para os pais das
cerca de 1.200 crianças e jovens
que freqüentam as duas sedes da
Escola da Vila, no Morumbi e no
Butantã. Pelo menos outros dois
colégios da mesma região, que
não foram identificados, também
procuraram a 3ª Companhia da
PM, responsável pela área.
O chefe do Comando de Policiamento Oeste, coronel Isidoro Suita Martinez, não confirma pedidos oficiais de orientação por parte das escolas, mas diz que os policiais que costumam fazer as rondas na região estão sendo constantemente procurados para dar
conselhos de como dificultar a
ação de seqüestradores. Isso desde que o assunto ganhou a mídia.
No caso da Escola da Vila, foi
exatamente isso que ocorreu. Por
causa dos casos recentes, o colégio procurou a 3ª Companhia,
que fica em frente à unidade da
instituição no Butantã, em busca
de orientação. Além das dicas,
conseguiu a promessa de uma
ronda motorizada nas ruas próximas à escola em alguns horários.
"Tentamos de alguma forma
nos antecipar e amenizar eventuais apreensões dos pais", diz
Ana Luiza Martinez, diretora do
centro de estudos da Escola da Vila. Por precaução, a escola também colocou mais um segurança
na porta da unidade do Butantã
-a do Morumbi já tem dois.
Rastreamento
Se apenas os seguranças particulares e as orientações anti-seqüestro da polícia não são suficientes para tranqüilizar os pais,
os colégios apelam para o rastreamento das vans que fazem o
transporte escolar. É o que relata
o diretor-geral da Graber Rastreamento, Marcelo Necho.
A empresa, umas das líderes do
setor, diz já ter recebido cerca de
200 consultas de escolas paulistanas desde o início deste ano para
aderir ao pacote de rastreamento.
Segundo Necho, por volta de 20
colégios já adotaram o sistema
nas vans de sua própria frota.
Por ele, as equipes da Graber
monitoram velocidade, trajeto e
locais de parada entre outros indicadores. Os motoristas das vans
recebem treinamento e têm acesso também a um dispositivo de
pânico que deve ser acionado em
situações consideradas suspeitas.
Os pais, por sua vez, podem, via
internet, ver o caminho que a van
percorre e até checar o que ocorre
dentro do veículo. "Infelizmente
já temos de viver no mundo do
Big Brother", completa Necho.
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