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PLANTÃO MÉDICO
Crianças não precisam de sapato
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Os inúmeros e dolorosos problemas nos pés podem ser amenizados e às vezes até resolvidos pela já muito conhecidas palmilhas
ortopédicas.
Elas corrigem vícios da marcha
ou promovem conforto em portadores de defeitos anatômicos. Às
vezes, até podem evitar uma cirurgia, quando bem indicadas.
Na realidade, explica o médico
ortopedista especializado em pés
Nelson Astur Filho em seu "Manual de Palmilhas e Calçados Ortopédicos" (edição do autor),
existem afecções que requerem
tratamento cirúrgico. Algumas
necessitam de tratamento com
palmilhas corretivas -outras requerem tratamento com palmilhas após a operação dos pés.
Entre os vários temas abordados nos 16 capítulos, distribuídos
em 125 páginas, Astur Filho ensina como e quando calçar a criança. Não se deve, explica, privar o
pé do desenvolvimento de sua
sensibilidade antes que a criança
inicie espontaneamente suas caminhadas, entre os 12 e 14 meses,
obrigando-a a usar um calçado
com solado rígido.
Ele sugere meias de algodão ou
de lã, bem suaves, como proteção
térmica. E os primeiros passos
precisam ser espontâneos, sem
ajuda dos pais ou de andadores,
com os pés descalços ou com
meias antiderrapantes.
Para o especialista, a criança
não só pode como até é recomendável que ande descalça na areia,
grama ou pedriscos, que são geradores de reflexos que estimulam a
musculatura dos pés.
Finalmente, quando a criança
alcança a marcha espontânea deve ter os pés protegidos.
E o tamanho do sapato? Deve
ser o equivalente a um dedo inclinado além do tamanho do pé.
Doença pulmonar
A médica pneumologista Iara
Nely Fiks acaba de lançar, pela
editora Claridade (telefone
0/xx/11/ 5575-1809), o livro
"DP...o quê? -Tudo o que você
precisa saber sobre a DPOC
(Doença pulmonar obstrutiva
crônica)", uma leitura acessível e
de efetiva orientação aos portadores de doenças que provocam grave falta de ar e dificuldades no trabalho e na atividade social.
Na obra, a autora, com muita
propriedade, lança uma campanha para que a população passe a
realizar exames preventivos para
detectar precocemente a presença
de uma doença pulmonar crônica, principalmente entre os fumantes, maior grupo de risco.
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