DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos moradores de rua mortos era Fernanda Andreia de Sobral, 28, mãe de sete filhos. Branca, magra, cabelos lisos e longos e com piercing no nariz, ela havia abandonado a família havia seis meses.
Segundo o ex-marido, pai de cinco dos filhos de Fernanda, a jovem era viciada em crack. Ontem, ainda chocado com a notícia, ele reconheceu o corpo da ex-mulher no IML (Instituto Médico Legal).
Ele afirmou que, para sustentar o vício, Fernanda chegou a furtar objetos da sua casa. "Ela era linda, mas estava se acabando no crack", disse ele, que não quis se identificar.
Fernanda vestia bermuda rosa e blusa bege. Sua beleza impressionou os policiais que atenderam a ocorrência. "Era uma mulher muito bonita. Quando olhei as mãos dela, percebi na hora que era usuária de crack", disse um deles. As substâncias contidas na droga destroem as papilas digitais.
Os outros mortos eram homens -dois brancos e dois pardos- aparentavam ter entre 25 e 30 anos e não haviam sido identificados até ontem à noite. O único sobrevivente, Diogo Tebaldino do Amaral, 19, seguia internado, mas não corria risco de morte. (CC)


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