São Paulo, terça-feira, 28 de agosto de 2007

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Protesto deixa a marginal Tietê bloqueada por quase três horas

Manifestação foi motivada por moradores que temiam uma ação de despejo

DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL

A marginal Tietê ficou quase três horas parada no sentido Lapa-Penha ontem por causa de um protesto de 150 moradores do condomínio Parque do Gato, conjunto de prédios administrados pela Prefeitura de São Paulo no Bom Retiro (região central). O congestionamento na pista expressa chegou a 12 km. O ato começou às 6h, durou quase duas horas, e a pista só foi liberada às 9h.
O protesto, contra despejo promovido pela Secretaria Municipal de Habitação, terminou em confronto. Ao menos duas mulheres foram feridas por balas de borracha. Quatro pessoas foram detidas. A PM negou excessos e disse que foi atacada com pedras.
A Secretaria Municipal de Habitação afirmou que parte dos moradores do condomínio está em situação irregular porque sublocou os apartamentos. A secretaria não disse quantos estão nesta situação e afirmou que haverá reintegração de posse nesses casos. O Ministério Público Estadual pediu à prefeitura que analise cada caso antes de despejar.

Mais protestos
Grupos de sem-teto ligados a FLM (Frente de Luta por Moradia) fizeram seis invasões simultâneas na madrugada de ontem na capital. Eles reivindicavam atendimento habitacional para famílias que recebem até três salários mínimos.
Houve confusão entre a polícia e os sem-teto no centro e na zona leste. A maioria das invasões foi contida pela polícia -até a noite de ontem, duas permaneciam. Os alvos das invasões foram um imóvel do INSS, três prédios do PAR (Programa de Arrendamento Residencial), na zona leste, um terreno da BR Distribuidora, ao lado da favela de Heliópolis, e um terreno em litígio na região do Capão Redondo, na zona sul.
No terreno da BR, a expectativa dos sem-teto é a construção de 1.400 unidades habitacionais. A BR diz que entrou com pedido de reintegração de posse e que ficou acordado que eles sairiam pacificamente do terreno e seriam recebidos na quinta-feira para conversar.
Os manifestantes criticavam o fato de os empreendimentos do PAR na zona leste estarem prontos, um deles há mais de um ano, mas vazios. A Caixa informou que "os empreendimentos não foram entregues devido a danos físicos causados por terceiros".


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