São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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Rua vizinha à rodovia Fernão Dias vira rota para retorno de caminhões

DA REPORTAGEM LOCAL

Caminhões e carretas não dão trégua à rua Ana do Sacramento Andrade, vizinha à rodovia Fernão Dias, no Tremembé (zona norte), desde que, há oito anos, uma alça de retorno à estrada no km 79,5 (sentido MG-SP) deixou de ser construída pelo Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes).
Sem a alça, 1,6 km de três vias do bairro virou rota oficial para os veículos de carga retornarem à rodovia -as outras duas são a avenida Cel. Sezefredo Fagundes e a rua Pedro Castilho. O local fica a menos de 10 km do terminal de cargas da Fernão Dias.
Em fevereiro, a rodovia foi privatizada. Porém, seu PER (Programa de Exploração da Rodovia), que prevê as melhorias que a concessionária OHL terá de fazer, não contempla a conclusão do retorno.
O Dnit considera a obra "concluída". Afirma que, embora alças de acesso estivessem previstas no projeto original, houve uma alteração, já na fase de obras, que tornaria a construção "inviável".
Todos os dias, cerca de 1.100 alunos de sete a 18 anos da escola estadual Philomena Baylão dividem a pista com caminhões e carretas.
Além dos acidentes freqüentes, os moradores reclamam de problemas respiratórios agravados pela fumaça dos caminhões, de rachaduras nas casas e do barulho.
A Folha esteve no local e observou em uma hora que passa mais de um caminhão por minuto na rua. A rota agride a lei de zoneamento, que classifica o local como "estritamente residencial".
Em oito anos, os moradores colheram mais de 300 assinaturas e enviaram queixas ao Dnit, à prefeitura e à OHL.


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