São Paulo, sábado, 28 de agosto de 2010

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Tempo deve ficar seco até segunda-feira

Chuva da semana que vem não será forte, mas já deve dar um pequeno alívio à combinação secura e poluição

Umidade relativa do ar atingiu na tarde de ontem o índice de 12%, o mais baixo do ano na capital paulista

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

A região metropolitana de São Paulo sofreu ontem em mais um dia com a combinação de poluição e secura. E a situação deve continuar asfixiante até segunda-feira.
A umidade relativa do ar atingiu durante a tarde o nível mais baixo do ano na capital. As medições feitas em Santana pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) registraram 12% às 15h. Para piorar, às 16h, cinco estações da Cetesb classificaram como "má" a qualidade do ar.
Pela localização das estações -USP, Ibirapuera, Mooca, Santana e Parque D. Pedro 2º-, fica evidente a disseminação da poluição, causada principalmente por ozônio, por diversas áreas.
O problema deixou ainda Diadema, São Caetano do Sul e São José dos Campos em estado de atenção.
Um pequeno alívio deve vir para os paulistanos a partir de segunda-feira, segundo os meteorologistas. Quem vive no litoral poderá ter um dia a menos de sofrimento. Uma frente fria deve trazer umidade às cidades próximas ao Atlântico, provavelmente, amanhã à noite.
Como não existe previsão de chuva forte, a melhora do conforto climático na região metropolitana deve ser pequena. A umidade relativa do ar deve continuar abaixo dos 60%, índice inadequado para a saúde.
A estimativa da Cetesb é que a qualidade do ar continue inadequada neste sábado na região metropolitana -as classificações são "boa", "regular", "inadequada", "má" e "péssima".
Desde o último sábado, estações da cidade têm registrado índices de qualidade inadequada e má. Ao menos desde o ano 2000, não havia uma sequência dessas.
Só neste mês, o ozônio ultrapassou os padrões considerados seguros em oito dias, outro recorde.
Nos invernos de 2001 e 2002, isso havia ocorrido cinco vezes. Até então, os dois anos eram os mais problemáticos da década.
Apesar do índice recorde de baixa umidade e dos altos índices de poluição, nenhuma medida para tentar amenizar o problema foi anunciada ontem pelo poder público.

CARRO NA GARAGEM
O pedido feito na quinta pelo Estado, para que as pessoas deixassem voluntariamente o carro em casa, não surtiu efeito. Ontem à noite, às 19h, o congestionamento na cidade estava em 152 quilômetros, índice alto.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que a cidade está preparada e que medidas estão sendo estudadas. Mas não detalhou o que pode ser feito caso a situação piore.


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