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Tempo deve ficar seco até segunda-feira
Chuva da semana que vem não será forte, mas já deve dar um pequeno alívio à combinação secura e poluição
Umidade relativa do ar atingiu na tarde de ontem o índice de 12%, o mais baixo do ano
na capital paulista
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
A região metropolitana de
São Paulo sofreu ontem em
mais um dia com a combinação de poluição e secura. E a
situação deve continuar asfixiante até segunda-feira.
A umidade relativa do ar
atingiu durante a tarde o nível mais baixo do ano na capital. As medições feitas em
Santana pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia)
registraram 12% às 15h. Para
piorar, às 16h, cinco estações
da Cetesb classificaram como "má" a qualidade do ar.
Pela localização das estações -USP, Ibirapuera, Mooca, Santana e Parque D. Pedro 2º-, fica evidente a disseminação da poluição, causada principalmente por ozônio, por diversas áreas.
O problema deixou ainda
Diadema, São Caetano do Sul
e São José dos Campos em estado de atenção.
Um pequeno alívio deve
vir para os paulistanos a partir de segunda-feira, segundo
os meteorologistas. Quem vive no litoral poderá ter um
dia a menos de sofrimento.
Uma frente fria deve trazer
umidade às cidades próximas ao Atlântico, provavelmente, amanhã à noite.
Como não existe previsão
de chuva forte, a melhora do
conforto climático na região
metropolitana deve ser pequena. A umidade relativa
do ar deve continuar abaixo
dos 60%, índice inadequado
para a saúde.
A estimativa da Cetesb é
que a qualidade do ar continue inadequada neste sábado na região metropolitana
-as classificações são "boa",
"regular", "inadequada",
"má" e "péssima".
Desde o último sábado, estações da cidade têm registrado índices de qualidade
inadequada e má. Ao menos
desde o ano 2000, não havia
uma sequência dessas.
Só neste mês, o ozônio ultrapassou os padrões considerados seguros em oito
dias, outro recorde.
Nos invernos de 2001 e
2002, isso havia ocorrido cinco vezes. Até então, os dois
anos eram os mais problemáticos da década.
Apesar do índice recorde
de baixa umidade e dos altos
índices de poluição, nenhuma medida para tentar amenizar o problema foi anunciada ontem pelo poder público.
CARRO NA GARAGEM
O pedido feito na quinta
pelo Estado, para que as pessoas deixassem voluntariamente o carro em casa, não
surtiu efeito. Ontem à noite,
às 19h, o congestionamento
na cidade estava em 152 quilômetros, índice alto.
O prefeito Gilberto Kassab
(DEM) disse que a cidade está
preparada e que medidas estão sendo estudadas. Mas
não detalhou o que pode ser
feito caso a situação piore.
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