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INSEGURANÇA
Quadrilha invadiu sala de emergência para assassinar ex-detento
Grupo mata paciente no hospital
DO "AGORA"
Um homem que havia sido
baleado no final de semana foi
assassinado à 0h20 de ontem
dentro da sala de emergência do
hospital municipal Alexandre
Zaio, em Artur Alvim (zona leste da capital). Quatro homens
armados com uma escopeta invadiram o hospital em busca de
Adenilton Pereira Neves, 35,
que só havia conseguido se salvar da perseguição de homens
que tentavam matá-lo na rua ao
saltar no quintal de uma casa.
Neves passou 21 horas na sala
de emergência do hospital. Segundo a Polícia Civil, ele já havia
sido condenado por furto e tinha passagens por homicídio,
roubo, porte e tráfico de drogas.
A vítima passou por cirurgia e
estava se recuperando. "O quadro do paciente era estável e ele
iria sobreviver", disse o diretor
clínico do hospital, Luiz Carlos
Zamarco.
A quadrilha chegou em motos, rendeu o vigilante, desarmado, na portaria e tirou seu radiocomunicador. Dois homens
ficaram com o vigia, e os outros
foram ao pronto-socorro.
A dupla foi à sala de emergência. Neves, que horas antes havia
passado por uma drenagem no
tórax, dividia o quarto com
mais três pacientes graves, atendidos por duas auxiliares de enfermagem, e estava consciente.
Quando os assassinos entraram na sala, as auxiliares se esconderam atrás das camas. Sem
dizer nada, um deles foi até o leito de Neves e atirou duas vezes.
Em seguida, eles fugiram.
Zamarco disse que a responsabilidade pela segurança de pacientes vítimas de violência cabe
à polícia. "Já tivemos casos de
tentativas de resgate de pacientes dentro do hospital, mas um
assassinato é a primeira vez."
A Secretaria da Segurança diz
que não havia nada que justificasse uma escolta no hospital.
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