São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2004

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INSEGURANÇA

Quadrilha invadiu sala de emergência para assassinar ex-detento

Grupo mata paciente no hospital

DO "AGORA"

Um homem que havia sido baleado no final de semana foi assassinado à 0h20 de ontem dentro da sala de emergência do hospital municipal Alexandre Zaio, em Artur Alvim (zona leste da capital). Quatro homens armados com uma escopeta invadiram o hospital em busca de Adenilton Pereira Neves, 35, que só havia conseguido se salvar da perseguição de homens que tentavam matá-lo na rua ao saltar no quintal de uma casa.
Neves passou 21 horas na sala de emergência do hospital. Segundo a Polícia Civil, ele já havia sido condenado por furto e tinha passagens por homicídio, roubo, porte e tráfico de drogas.
A vítima passou por cirurgia e estava se recuperando. "O quadro do paciente era estável e ele iria sobreviver", disse o diretor clínico do hospital, Luiz Carlos Zamarco.
A quadrilha chegou em motos, rendeu o vigilante, desarmado, na portaria e tirou seu radiocomunicador. Dois homens ficaram com o vigia, e os outros foram ao pronto-socorro.
A dupla foi à sala de emergência. Neves, que horas antes havia passado por uma drenagem no tórax, dividia o quarto com mais três pacientes graves, atendidos por duas auxiliares de enfermagem, e estava consciente.
Quando os assassinos entraram na sala, as auxiliares se esconderam atrás das camas. Sem dizer nada, um deles foi até o leito de Neves e atirou duas vezes. Em seguida, eles fugiram.
Zamarco disse que a responsabilidade pela segurança de pacientes vítimas de violência cabe à polícia. "Já tivemos casos de tentativas de resgate de pacientes dentro do hospital, mas um assassinato é a primeira vez."
A Secretaria da Segurança diz que não havia nada que justificasse uma escolta no hospital.


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