São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2005

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VIOLÊNCIA

Líder de cooperativa de perueiros teve dedo decepado; segundo a polícia, suspeito se suicidou ao ser descoberto

Homem seqüestra, mata e mutila vítima

ALEXANDRE HISAYASU
DA REPORTAGEM LOCAL

Um seqüestro com tentativa frustrada de pagamento de resgate terminou com a morte da vítima e do seqüestrador. Segundo a polícia, o ex-perueiro acusado de seqüestrar, matar e mutilar a líder de uma pequena cooperativa se suicidou na manhã de ontem.
Marlene Bittencourt, 57, foi seqüestrada na última sexta-feira, na região de Artur Alvim (zona leste de São Paulo). No mesmo dia, seqüestradores telefonaram para a família e pediram resgate no valor de R$ 50 mil, segundo a DAS (Divisão Anti-Seqüestro).
A polícia foi avisada e passou a acompanhar as negociações. Segundo o delegado da DAS Carlos Castiglioni, os criminosos garantiam que a vítima estava bem.
"As ligações eram feitas sempre pelo casal suspeito. A sobrinha da vítima era quem atendia os telefonemas", contou o delegado.
Na manhã de ontem, os seqüestradores aceitaram receber R$ 2.100 de resgate. Seguindo orientação da polícia, a família pediu aos criminosos uma prova de que Marlene estava viva.
Segundo Castiglioni, a família teve de ir até um orelhão da avenida Assis Ribeiro (zona leste). Lá, estavam um dedo e uma corrente que seriam da vítima.
A polícia localizou a casa do suspeito, na Vila Guarani, e o imóvel foi cercado.
"Enquanto a mulher do suspeito falava com investigadores, o marido se matou com um tiro na boca. Ele foi encontrado nu em um dos quartos. Durante a revista, o celular usado nas negociações foi localizado com a suspeita", contou o delegado.
A mulher contou à polícia que o marido se encontrou com a vítima (o local ainda é desconhecido) e a matou com socos. Depois, levou o corpo para a sua casa e escondeu no quintal. Em seguida, passou a negociar com a família.
Ela, que não tinha antecedentes criminais, informou aos policiais que o corpo de Marlene foi jogado em um matagal na altura do km 76 da rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo.
A mulher do suspeito, detida por participação no crime, levou os policiais até o matagal, mas, até o fechamento desta edição, o corpo não havia sido localizado.


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