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"Não podemos exportar água"
da Reportagem Local
"A prefeitura joga água no rio
Tietê, até porque não pode engarrafar e exportar para a Europa."
É com esse argumento que o secretário de Obras e Vias Públicas,
Reynaldo de Barros, defende o
projeto de canalização de córregos
da Prefeitura de São Paulo.
"Há quem diga que, com a prefeitura canalizando os afluentes do
Tietê, a situação do rio ficaria pior.
Isso é a maior balela", argumenta
o secretário.
A prefeitura já canalizou trechos
de cinco afluentes do Tietê: Mandaqui, Cabuçu de Baixo, Jaguaré,
Pirajussara e Aricanduva.
Segundo Barros, a construção
dos piscinões para reter água no
caminho até o Tietê é importante,
mas o Estado deveria fazer a maior
parte deles, em municípios da
Grande São Paulo.
A Folha apurou que a Prefeitura
de São Paulo teria sido sondada
pelo governo do Estado para entrar com mais fundos para a construção de piscinões fora do município. A sugestão teria irritado o
secretário.
Barros insiste que o grande problema do Tietê é a falta de limpeza
no fundo do leito do rio.
Segundo o engenheiro Adilson
Claro, assessor para assuntos de
drenagem urbana da secretaria, o
rio Tietê tem trechos em que a lâmina d'água tem apenas 2 m de
profundidade.
Os dados das medições feitas pela prefeitura, segundo Barros, foram remetidos ao secretário de Recursos Hídricos, Hugo Marques
da Rosa.
(MO)
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