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Dois dos sete fugitivos de presídio em Ponta Grossa morreram durante perseguição; motim durou 12 horas
Fuga causa rebelião de presos e termina com 2 mortos no PR
FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA
A fuga de sete presos da Casa de
Detenção Hildebrando de Souza,
em Ponta Grossa (PR), na madrugada de ontem, provocou uma rebelião de quase 12 horas. Dois fugitivos foram mortos e um recapturado até o final da tarde.
Após a fuga dos detentos, por
volta das 3h30, foi cancelada a visita de familiares, e o pelotão de
choque da Polícia Militar fez uma
revista nas celas. De acordo com o
chefe do setor de custódia da casa
de detenção, Abílio Novochadlo,
foram encontradas apenas armas
brancas improvisadas.
Revoltados com o cancelamento das visitas, os presos colocaram
fogo nos colchões. Quarenta detentos ficaram intoxicados com a
fumaça, e o Corpo de Bombeiros
foi chamado para apagar o incêndio e prestar atendimento aos detentos. Um deles, em estado mais
grave, foi socorrido.
Segundo Novochadlo, os fugitivos Marcio dos Santos, 24, e Gilmar de Carvalho, 26, foram mortos durante a perseguição porque
estariam armados. Olívio da Rosa, 32, foi recapturado por volta
das 10h, nas proximidades do presídio, e levado de volta à detenção.
A penitenciária tem capacidade
para 150 presos e abrigava antes
da fuga 233 internos. Em junho
do ano passado, uma rebelião que
durou cerca de 20 horas no local
obrigou a polícia a transferir 29
presos. Durante o motim, seis
presos foram feitos reféns. Um
deles teve o dedo decepado.
Delegacia
Também na madrugada de ontem, 16 detentos fugiram da delegacia de Laranjeiras do Sul (373
km a oeste de Curitiba). A carceragem tem capacidade para 25
pessoas, mas abrigava 90 no momento da fuga, das quais 15 estavam no corredor. Os presos cavaram um buraco na parede voltada
para os fundos da delegacia.
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