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São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2003

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ADMINISTRAÇÃO

Segundo a prefeitura, idéia é proibir que skatistas e patinadores considerados profissionais frequentem o local

Ibirapuera veta esporte radical em marquise

DA REPORTAGEM LOCAL

Um decreto da Prefeitura de São Paulo, publicado no último dia 17, restringe a prática de atividades esportivas sob a marquise do parque Ibirapuera (zona sul). O objetivo, de acordo com a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, é evitar acidentes no local. Desde o último sábado, dois cartazes avisam os usuários do parque da nova regra.
As crianças e adolescentes que costumam se reunir na marquise para andar de skate, patins e bicicleta poderão continuar com a prática, considerada uma atividade recreativa pela secretaria. A proibição, de acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, vale para skatistas e patinadores considerados profissionais.
A justificativa, ainda de acordo com a assessoria, é que os profissionais desses esportes costumam fazer manobras mais arriscadas, causando acidentes- principalmente envolvendo crianças.

Sem punição
Não haverá punição para quem descumprir o decreto, já publicado no "Diário Oficial" do município. A distinção entre uma prática recreativa e uma profissional caberá aos funcionários do parque e da Guarda Civil Metropolitana, que serão orientados a explicar a proibição para os usuários.
Os cartazes afixados no local, porém, estão causando confusão entre os usuários do parque. "Como assim não vai poder mais praticar esporte? Desde que eu frequento esse parque é assim e nunca teve problema", diz o aposentado Romeu Irino, 65.
"É uma palhaçada isso aí. Aqui sempre foi lugar de as pessoas treinarem, andarem de skate, de patins", diz o estudante Gustavo Medeiros, 16, que ontem andava de bicicleta sob a marquise. "Eu sempre andei de skate aqui, mas às vezes rola uns acidentes. Acontece quando o skate escapa, bate em alguém ou a bicicleta atropela", conta Tiago Nunes Costa, 15.
A nova regra não é a única mudança que a prefeitura pretende fazer no local.
A secretaria afirma que está procurando parceiros da iniciativa privada para reformar a marquise, incluindo a substituição do piso por outro do mesmo material e a pintura da construção.
Como o parque é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico), a reforma precisará ser aprovada.
Cerca de 80 mil pessoas frequentam diariamente o parque Ibirapuera, considerado um dos cartões-postais de São Paulo. (SIMONE IWASSO)


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