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ADMINISTRAÇÃO
Segundo a prefeitura, idéia é proibir que skatistas e patinadores considerados profissionais frequentem o local
Ibirapuera veta esporte radical em marquise
DA REPORTAGEM LOCAL
Um decreto da Prefeitura de
São Paulo, publicado no último
dia 17, restringe a prática de atividades esportivas sob a marquise
do parque Ibirapuera (zona sul).
O objetivo, de acordo com a Secretaria Municipal do Verde e do
Meio Ambiente, é evitar acidentes
no local. Desde o último sábado,
dois cartazes avisam os usuários
do parque da nova regra.
As crianças e adolescentes que
costumam se reunir na marquise
para andar de skate, patins e bicicleta poderão continuar com a
prática, considerada uma atividade recreativa pela secretaria. A
proibição, de acordo com a assessoria de imprensa da secretaria,
vale para skatistas e patinadores
considerados profissionais.
A justificativa, ainda de acordo
com a assessoria, é que os profissionais desses esportes costumam
fazer manobras mais arriscadas,
causando acidentes- principalmente envolvendo crianças.
Sem punição
Não haverá punição para quem
descumprir o decreto, já publicado no "Diário Oficial" do município. A distinção entre uma prática
recreativa e uma profissional caberá aos funcionários do parque e
da Guarda Civil Metropolitana,
que serão orientados a explicar a
proibição para os usuários.
Os cartazes afixados no local,
porém, estão causando confusão
entre os usuários do parque. "Como assim não vai poder mais praticar esporte? Desde que eu frequento esse parque é assim e nunca teve problema", diz o aposentado Romeu Irino, 65.
"É uma palhaçada isso aí. Aqui
sempre foi lugar de as pessoas
treinarem, andarem de skate, de
patins", diz o estudante Gustavo
Medeiros, 16, que ontem andava
de bicicleta sob a marquise. "Eu
sempre andei de skate aqui, mas
às vezes rola uns acidentes. Acontece quando o skate escapa, bate
em alguém ou a bicicleta atropela", conta Tiago Nunes Costa, 15.
A nova regra não é a única mudança que a prefeitura pretende
fazer no local.
A secretaria afirma que está
procurando parceiros da iniciativa privada para reformar a marquise, incluindo a substituição do
piso por outro do mesmo material e a pintura da construção.
Como o parque é tombado pelo
Condephaat (Conselho de Defesa
do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico), a
reforma precisará ser aprovada.
Cerca de 80 mil pessoas frequentam diariamente o parque
Ibirapuera, considerado um dos
cartões-postais de São Paulo.
(SIMONE IWASSO)
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