São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2007

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Cadeirinha para criança deve ser obrigatória em 2008

Previsão é que norma do Contran, que prevê multa, seja aprovada nas próximas semanas

Utilização do equipamento é recomendada por especialistas, mas muitas vezes é desconhecida ou ignorada pelos pais

Danilo Verpa/Folha Imagem
Mª Cristina Morelle, que não coloca as filhas em assento especial


ALENCAR IZIDORO
DANIELA TÓFOLI

DA REPORTAGEM LOCAL

Criança sempre no banco traseiro, mas nunca solta, pulando de um lado para o outro, ou mesmo no colo da tia, do tio.
E só cinto de segurança não adianta. Mesmo que seja para ir à esquina ela tem que ser levada dentro do carro em uma cadeirinha especial para cada faixa etária, sob o risco de entrar em estatísticas que apontam seis mortes infantis por dia em acidentes de trânsito no Brasil.
O que por enquanto é uma recomendação entre especialistas -muitas vezes desconhecida ou ignorada pelos pais- deve se tornar uma obrigação, com multa de R$ 191,54 e sete pontos para os infratores.
A mudança na legislação de trânsito está na reta final para sua oficialização no Contran (Conselho Nacional de Trânsito). A resolução deve ser votada nas próximas semanas, com grande chance de aprovação.
Ela prevê a obrigatoriedade de cadeirinhas ou booster (assento de elevação que permite a utilização correta do cinto de segurança) para transportar em veículos de passeio crianças com idade inferior a dez anos ou até 1,30 metro de altura.
A medida eleva as despesas dos motoristas e deve enfrentar dificuldades de fiscalização. Mas, para técnicos, corrige uma omissão da norma atual, que tolera a possibilidade de as crianças serem levadas no banco traseiro usando um cinto de segurança igual ao dos adultos.
O texto da resolução fixa 180 dias para que haja medidas educativas de esclarecimento aos usuários e 365 dias para que as multas sejam aplicadas.
A advogada Maria Cristina Morelle, 33, transporta as filhas Nicole, 6, e Emanuele, 3, fora das cadeirinhas, mas diz se preocupar com a segurança.
"A Nicole anda com cinto de segurança no banco traseiro mesmo se vamos dar uma volta no quarteirão. Eu acho que ele protege bem", acha ela.
O Inmetro cita um estudo americano apontando que a utilização adequada da cadeira infantil no carro reduz os riscos de morte em 71% e a necessidade de hospitalização em 69%.


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