São Paulo, quarta-feira, 28 de outubro de 2009

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Aluno assaltado 3 vezes não queria mudar de colégio

DA REPORTAGEM LOCAL

Morador do Alto de Pinheiros (bairro nobre da zona oeste), Marcelo Gurgel Rodrigues Massei, 16, vai de carro todos os dias até Campos Elíseos para estudar no liceu.
Na volta, vai para casa de ônibus. Desce a pé até a avenida São João, porque na Rio Branco, próxima à escola, não há ônibus direto. No trajeto, já foi assaltado três vezes. Mesmo assim, nem ele nem seus pais quiseram mudar de colégio.
"Os professores se preocupam se você aprendeu. No outro colégio era o esquema "se não aprendeu, azar o seu'", diz o aluno do segundo ano do ensino médio, que agora será obrigado a mudar de escola. "A turma toda está combinando ir para o Santa Inês, que também é salesiano e manteve o preço."
Outra aluna que vai sair do liceu a contragosto é Daniela Guimarães Galante Rodrigues, 16, da mesma sala de Marcelo, que estuda no colégio "desde sempre", já que seu pai também é professor da escola.
"Queria me formar com meus amigos. É muito triste ver um colégio tão grande e tão bonito vazio desse jeito."
Dá para entender a ligação afetiva dos alunos com o liceu. Quando a reportagem chega, a curiosidade dos adolescentes os leva para o corredor, mesmo durante a aula. Os professores os chamam de volta pelos apelidos, revelando uma intimidade. Em troca, há respeito e subordinação.
"O relacionamento não é vertical, por isso há respeito", diz a professora de educação física Vania Gori, há 20 anos no liceu.


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