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Aluno assaltado 3 vezes não queria mudar de colégio
DA REPORTAGEM LOCAL
Morador do Alto de Pinheiros (bairro nobre da zona oeste), Marcelo Gurgel Rodrigues
Massei, 16, vai de carro todos os
dias até Campos Elíseos para
estudar no liceu.
Na volta, vai para casa de ônibus. Desce a pé até a avenida
São João, porque na Rio Branco, próxima à escola, não há
ônibus direto. No trajeto, já foi
assaltado três vezes. Mesmo assim, nem ele nem seus pais quiseram mudar de colégio.
"Os professores se preocupam se você aprendeu. No outro colégio era o esquema "se
não aprendeu, azar o seu'", diz o
aluno do segundo ano do ensino médio, que agora será obrigado a mudar de escola. "A turma toda está combinando ir para o Santa Inês, que também é
salesiano e manteve o preço."
Outra aluna que vai sair do liceu a contragosto é Daniela
Guimarães Galante Rodrigues,
16, da mesma sala de Marcelo,
que estuda no colégio "desde
sempre", já que seu pai também
é professor da escola.
"Queria me formar com
meus amigos. É muito triste ver
um colégio tão grande e tão bonito vazio desse jeito."
Dá para entender a ligação
afetiva dos alunos com o liceu.
Quando a reportagem chega, a
curiosidade dos adolescentes
os leva para o corredor, mesmo
durante a aula. Os professores
os chamam de volta pelos apelidos, revelando uma intimidade.
Em troca, há respeito e subordinação.
"O relacionamento não é vertical, por isso há respeito", diz a
professora de educação física
Vania Gori, há 20 anos no liceu.
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