DO "AGORA"

O soldado da Polícia Militar Thiago Alves de Souza Batista, 22, foi morto anteontem por outro PM que o teria confundido com um assaltante no Campo Limpo (zona sul de SP), na noite de anteontem. Amigos de Batista disseram que ele foi morto pelas costas e que o outro policial não se identificou antes de agir.
Batista estudava direito na Uniban. A caminho da aula, ele encontrou uma colega de classe que pediu a sua ajuda pois havia sido roubada.
O soldado, sem farda, e a moça acharam três suspeitos em um ponto de ônibus e Batista, segundo a polícia, desceu do carro para abordá-los.
Foi quando o soldado Olavo Viana de Souza, 30, que passava pelo local -também sem farda-, disse que confundiu Batista com um bandido e atirou em sua direção com uma pistola.
Em nota, a assessoria de imprensa da PM disse que os dois policiais trocaram tiros e que Batista morreu após ser levado para o hospital.
Em sua versão do crime, registrada em boletim de ocorrência, Souza disse que viu Batista chutando e insultando um homem que estava ajoelhado. Batista teria dito "isso não vai ficar assim". Souza disse também que se identificou como policial e que pediu para Batista largar a arma, o que ele não fez.
Já policiais amigos da vítima -que pediram para não serem identificados- disseram que uma testemunha, que não prestou depoimento à polícia, afirmou que Batista não disparou sua arma e foi morto com tiros nas costas. Segundo eles, Souza não se identificou como policial.
A PM afirmou que Batista foi morto com cinco tiros, um deles pelas costas. Segundo a corporação, testemunhas disseram que Batista também atirou.
Souza não foi preso, mas a reportagem não conseguiu localizá-lo, nem seu advogado de defesa.
(LUIS KAWAGUTI)


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