São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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Em feira legalizada, lojistas vendem produtos piratas

Folha achou camisas de times e óculos falsificados em boxes da Feira da Madrugada

RAPHAEL SASSAKI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O comércio na Feira da Madrugada, no Pari (região central de São Paulo), legalizado pela prefeitura, também vende produtos piratas. Percorrendo o local ontem, a Folha encontrou produtos falsificados sendo vendidos em alguns dos 2.946 boxes que têm permissão da prefeitura para funcionar.
Apesar de a maioria das lojas da feira só vender produtos originais, é possível achar camisas de times de futebol e óculos de sol piratas, além de itens eletrônicos sendo vendidos sem nota fiscal.
Em uma barraca nos fundos da feira, era possível comprar uma camisa do Corinthians, que na loja oficial custa R$ 189. "É a mesma coisa que a original, mas só custa R$ 25", disse o vendedor. Em várias lojas também eram vendidas réplicas da Jabulani, bola usada na Copa de 2010.
Similares de óculos da Rayban podem ser comprados por R$ 7. Idênticos, só não têm o logotipo da marca. Algumas pessoas que percorriam a feira a pé ofereceram pen drives a R$ 8, sem nota fiscal, para a reportagem. "Dar nota para pen drive não dá, né?", disse um deles.
Ontem, o local teve seu terceiro dia de protestos contra a expulsão de cerca de 4.200 feirantes irregulares. Não houve confrontos ou incidentes graves, mas lojistas relataram redução de até 80% nas vendas. Nos dias anteriores, houve até fechamento forçado de lojas. A prefeitura diz que a operação continuará e que os camelôs não poderão voltar para o local. Novos protestos estão marcados para hoje.


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