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"Sem maldade, ele era terrível", diz ex-interno
da Reportagem Local
"Sem maldade, senhora, ele
era terrível. Era a lenda da Febem." É assim de C. resume a
impressão que ficou do Júnior
que ele conheceu na Febem.
Garotos, ambos viviam pelas
ruas da Barra Funda. Em 96, se
acharam na fundação.
C. foi internado por homicídio. Matou um rapaz em uma
festa na zona norte de SP. A
gangue adversária quis vingar a
morte. Matou o pai de C.
Ele chegou à Febem e colou
na banca de Júnior. "O bicho
pegava. Ele contou para a senhora quando o monitor jogou
ele do telhado?"
Júnior saiu e C. continuou na
fundação. Ao todo, já ficou três
anos. Está em semiliberdade,
mas não se apresentou na data
marcada e, se aparecer, pode
voltar. "Não quero ficar lá de
novo de jeito nenhum. Não tenho vontade de voltar para o
crime, mas não posso garantir.
Tudo está caro", diz C., que
confessa estar se sustentando
vendendo peças que "pega"
nas estações de trem.
"Estou tentando, mas é difícil. Anteontem mesmo (terça-feira) dois manos foram pegos
fazendo uma farmácia. Tinham me convidado. Podia
não estar aqui."(SC)
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