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São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2003

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ADVOCACIA

Chapa defendeu a recuperação do mercado de trabalho, a defesa das prerrogativas e a busca de receitas alternativas

D'Urso é eleito presidente da OAB-SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso, 43, foi eleito ontem presidente da seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Às 23h17, com 90,91% das urnas apuradas, D'Urso tinha 22.342 votos (24,8%) e uma vantagem de 5.906 votos sobre o segundo colocado.
A chapa presidida por D'Urso assumirá a OAB-SP em 1º de janeiro de 2004 e administrará a entidade por três anos. A abstenção foi de mais de 40%.
"Com essa vitória, a classe reconheceu que fizemos uma campanha com projeto político, por uma nova OAB. Fizemos uma campanha como a classe queria: uma campanha ética, sem atacar ninguém, buscando nosso objetivo maior que é o amor à advocacia", declarou D'Urso.
O segundo colocado era o advogado Roberto Ferreira, com 16.436 votos, e o terceiro, Vitorino Francisco Antunes Neto, com 15.903 votos. Em quarto lugar, estava a advogada Rosana Chiavassa, com 10.443 votos.
As chapas comandadas pelos advogados Valter Uzzo e Clito Fornaciari estavam em quinto e sexto lugares. Elas contabilizavam, respectivamente, 8.331 votos e 7.761 votos. Os últimos lugares eram ocupados pelas chapas dos advogados Carlos Ergas (1.659 votos) e Dino Fiore Capo (636).
Até a conclusão desta edição, haviam sido contabilizados 3.510 votos em branco e 3.176 nulos.

Perfil
Formado pela FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) em 1982, D'Urso é mestre e doutor em direito penal pela Faculdade de Direito da USP e especialista em direito penal pela Universidad Castilla la Mancha (Espanha). Foi presidente da Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo) e da Abrac (Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas).
O advogado participou das últimas gestões da OAB-SP, mas não foi apoiado pelo atual presidente da entidade. Ele usou o slogan "Nem situação nem oposição, D'Urso é a solução". A maioria de suas propostas foi direcionada à solução de conflitos corporativos entre a OAB e os advogados.
Sua chapa defendeu a valorização do advogado, a recuperação do mercado de trabalho, a defesa das prerrogativas dos advogados, a busca de receitas alternativas com o objetivo de reduzir as anuidades pagas pelos advogados e o fortalecimento dos serviços da Caasp (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo).
A caixa, que faz parte da estrutura da OAB-SP, oferece descontos para advogados na compra de livros e remédios, em atividades de lazer e na contratação de planos de saúde.

Atraso na apuração
As promessa feitas pela OAB-SP para a apuração falharam. A entidade divulgou que todos os votos seriam contados até as 21h de ontem e que os advogados poderiam acompanhar a totalização pela internet. Nada disso ocorreu.
Às 21h, apenas 37% dos votos estavam apurados. E poucos conseguiam acesso ao site da OAB-SP, que ficou congestionado.
Na capital, funcionários da entidade acompanharam o fechamento das urnas eletrônicas e, escoltados por seguranças, levaram os mapas de urnas para a sede da OAB-SP. No interior, os relatórios das urnas eletrônicas cedidas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) foram transmitidos por fax.
A eleição ocorreu sem incidente. A Justiça negou uma liminar que pedia a suspensão da eleição.


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