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ADVOCACIA
Chapa defendeu a recuperação do mercado de trabalho, a defesa das prerrogativas e a busca de receitas alternativas
D'Urso é eleito presidente da OAB-SP
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado criminalista Luiz
Flávio Borges D'Urso, 43, foi eleito ontem presidente da seccional
paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Às 23h17, com
90,91% das urnas apuradas, D'Urso tinha 22.342 votos (24,8%) e
uma vantagem de 5.906 votos sobre o segundo colocado.
A chapa presidida por D'Urso
assumirá a OAB-SP em 1º de janeiro de 2004 e administrará a entidade por três anos. A abstenção
foi de mais de 40%.
"Com essa vitória, a classe reconheceu que fizemos uma campanha com projeto político, por
uma nova OAB. Fizemos uma
campanha como a classe queria:
uma campanha ética, sem atacar
ninguém, buscando nosso objetivo maior que é o amor à advocacia", declarou D'Urso.
O segundo colocado era o advogado Roberto Ferreira, com
16.436 votos, e o terceiro, Vitorino
Francisco Antunes Neto, com
15.903 votos. Em quarto lugar, estava a advogada Rosana Chiavassa, com 10.443 votos.
As chapas comandadas pelos
advogados Valter Uzzo e Clito
Fornaciari estavam em quinto e
sexto lugares. Elas contabilizavam, respectivamente, 8.331 votos
e 7.761 votos. Os últimos lugares
eram ocupados pelas chapas dos
advogados Carlos Ergas (1.659 votos) e Dino Fiore Capo (636).
Até a conclusão desta edição,
haviam sido contabilizados 3.510
votos em branco e 3.176 nulos.
Perfil
Formado pela FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) em
1982, D'Urso é mestre e doutor
em direito penal pela Faculdade
de Direito da USP e especialista
em direito penal pela Universidad
Castilla la Mancha (Espanha). Foi
presidente da Acrimesp (Associação dos Advogados Criminalistas
de São Paulo) e da Abrac (Associação Brasileira dos Advogados
Criminalistas).
O advogado participou das últimas gestões da OAB-SP, mas não
foi apoiado pelo atual presidente
da entidade. Ele usou o slogan
"Nem situação nem oposição,
D'Urso é a solução". A maioria de
suas propostas foi direcionada à
solução de conflitos corporativos
entre a OAB e os advogados.
Sua chapa defendeu a valorização do advogado, a recuperação
do mercado de trabalho, a defesa
das prerrogativas dos advogados,
a busca de receitas alternativas
com o objetivo de reduzir as anuidades pagas pelos advogados e o
fortalecimento dos serviços da
Caasp (Caixa de Assistência dos
Advogados de São Paulo).
A caixa, que faz parte da estrutura da OAB-SP, oferece descontos para advogados na compra de
livros e remédios, em atividades
de lazer e na contratação de planos de saúde.
Atraso na apuração
As promessa feitas pela OAB-SP
para a apuração falharam. A entidade divulgou que todos os votos
seriam contados até as 21h de ontem e que os advogados poderiam
acompanhar a totalização pela internet. Nada disso ocorreu.
Às 21h, apenas 37% dos votos
estavam apurados. E poucos conseguiam acesso ao site da OAB-SP, que ficou congestionado.
Na capital, funcionários da entidade acompanharam o fechamento das urnas eletrônicas e, escoltados por seguranças, levaram
os mapas de urnas para a sede da
OAB-SP. No interior, os relatórios
das urnas eletrônicas cedidas pelo
TRE (Tribunal Regional Eleitoral)
foram transmitidos por fax.
A eleição ocorreu sem incidente. A Justiça negou uma liminar
que pedia a suspensão da eleição.
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