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Parceiras são mais "destrutivas" nos relacionamentos
Conclusão é fruto de pesquisa que acompanhou por um período de 16 anos 373 casais norte-americanos
Segundo uma das autoras do estudo, mulheres reduzem
esse comportamento
com o passar do tempo
JANAINA LAGE
DO RIO
Fazer questão de ter a palavra final em uma briga e
discutir coisas que já aconteceram há muito tempo são
atitudes mais femininas do
que masculinas, ao menos
no início do casamento.
Essa é uma das principais
conclusões de um estudo
realizado pela Universidade
de Michigan com 373 casais
ao longo de 16 anos.
A pesquisa identifica comportamentos destrutivos que
podem aumentar as chances
de divórcio. Nessa lista, entram também os gritos, insultos e a tendência à fuga.
Segundo Kira Birditt, uma
das autoras do estudo, os resultados mostram que ao
longo do tempo as mulheres
reduzem esse comportamento. Já os homens tendem a
permanecer iguais.
"Talvez as mulheres usem
as estratégias construtivas
como um último recurso. "Já
gritei e berrei, mas ele não fez
nada. Agora isso é sério"."
Os resultados dizem que,
no primeiro ano, apenas 29%
dos maridos e 21% das mulheres relataram ter enfrentado algum tipo de conflito.
Após 16 anos, 46% dos casais já tinham se separado.
Os que enfrentaram conflitos
e comportamentos destrutivos desde o início mostraram
maior inclinação ao divórcio.
Estudos anteriores já indicavam que, para os recém-casados, críticas, desprezo,
atitude defensiva e abandono das discussões podem levar a união ao divórcio em
até sete anos.
"A mulher não é prática,
ela costuma ser menos flexível e demandar mais. Para a
mulher, DR é discutir a relação, para o homem, é dar risada. Os dois têm formas diferentes de resolver os problemas", afirma a antropóloga Miriam Goldenberg.
FUGA
A pesquisa mostra ainda
que um padrão particularmente danoso para o casamento é quando um dos parceiros tenta resolver a situação de maneira adequada enquanto o outro adota "estratégias de retirada", como
abandonar a discussão ou se
calar sobre o assunto.
Segundo a pesquisadora,
para aquele que se esforça
para manter a união, as estratégias de retirada costumam ser vistas mais como
falta de investimento no relacionamento do que como
tentativa de manter a calma.
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